Autor: Colleen McCullough
Género: Ficção
Idioma: Português
Editora: Dom Quixote
Páginas: 152
Preço: € 8 (alfarrabista)
Género: Ficção
Idioma: Português
Editora: Dom Quixote
Páginas: 152
Preço: € 8 (alfarrabista)
ISBN: 978-9-72-200624-8
Título original: The ladies of Missalonghi
Avaliação: *** (mediano)
Colleen McCullough é uma autora mundialmente (re)conhecida pelo seu romance Pássaros Feridos e pela colecção sobre a Roma Antiga, grandes volumes literários repletos de história, pormenores e (imeeeensa) pesquisa.
Da sua autoria, ainda só li um livro, A Canção de Tróia; adorei. Procurei outros títulos e, como nem só de leituras-calhamaço vive o ser humano, investi num mais magrinho.
Acontece que As Senhoras de Missalonghi é pequeno em mais do que um aspecto: tem menos de 200 páginas, não há grande desenvolvimento das personagens e o final é... assim a dar para o bacoco.
NOTA: li algures que este livro foi polémico pois surgiram suspeitas de plágio – algumas descrições seriam muito semelhantes a um romance juvenil dos anos 80, The Blue Castle de L.M. Montgomery.
Da sua autoria, ainda só li um livro, A Canção de Tróia; adorei. Procurei outros títulos e, como nem só de leituras-calhamaço vive o ser humano, investi num mais magrinho.
Acontece que As Senhoras de Missalonghi é pequeno em mais do que um aspecto: tem menos de 200 páginas, não há grande desenvolvimento das personagens e o final é... assim a dar para o bacoco.
O livro retrata uma pequena cidade dominada por uma família - os Hurlingford -, em que os homens são executivos poderosos e as mulheres exercitam fortemente o social e o ritual do cházinho na casa da prima, da tia e da irmãzinha.
Existem as pobres e as ricas, e a acção incide sobre uma gata borralheira, a solteira trintona Missy Wright, que vive com a mãe e uma tia numa quinta na periferia da cidade – são elas as senhoras de Missalonghi. Pobres mas honradas, fazem por esticar o parco rendimento, à conta de uma horta caseira e trabalhos de costura, serviços muito mal pagos pelos familiares (Deus as livre de venderem a sua mercadoria a estranhos, não fica nada bem, ainda que os ditos primos e primas as explorem vergonhosamente).
Existem as pobres e as ricas, e a acção incide sobre uma gata borralheira, a solteira trintona Missy Wright, que vive com a mãe e uma tia numa quinta na periferia da cidade – são elas as senhoras de Missalonghi. Pobres mas honradas, fazem por esticar o parco rendimento, à conta de uma horta caseira e trabalhos de costura, serviços muito mal pagos pelos familiares (Deus as livre de venderem a sua mercadoria a estranhos, não fica nada bem, ainda que os ditos primos e primas as explorem vergonhosamente).
Missy anseia por vestidos bonitos e um amor igual aos romances cor-de-rosa que requisita na biblioteca municipal. Inveja as primas abastadas e sonha com uma família com filhos e um marido apaixonado. Mas sendo pobre, ninguém lhe pega. Para piorar, é uma ovelha-negra: uma morena escura num clã de louras de pele alva.
«Visto-me de castanho porque sou pobre, mas sou respeitável. O castanho nunca mostra a sujidade, nunca está nem deixa de estar na moda, nunca fica ruço, e nunca é ordinário, nem vulgar, nem maltrapilho.»
Até ao dia em que chega à cidade John Smith, um ex-presidiário (dizem), que paga tudo em ouro e que desperta a atenção da pacata Missy. O resto desenrola-se mais ou menos como um romance de cordel, com ela a correr atrás dele com juras de amor.
«Visto-me de castanho porque sou pobre, mas sou respeitável. O castanho nunca mostra a sujidade, nunca está nem deixa de estar na moda, nunca fica ruço, e nunca é ordinário, nem vulgar, nem maltrapilho.»
Até ao dia em que chega à cidade John Smith, um ex-presidiário (dizem), que paga tudo em ouro e que desperta a atenção da pacata Missy. O resto desenrola-se mais ou menos como um romance de cordel, com ela a correr atrás dele com juras de amor.
«Era o problema da cama. Transformava estranhos em íntimos, mais rapidamente do que dez anos de chá corteses, servidos em salas de estar.»
O resto da história desenrola-se quase como num romance de cordel, sem surpresas nem sobressaltos, deixando um travo de tolice.
2 comentários:
Eu adoro a Colleen mas, sim, ela tem um talento para mega-calhamaços!!! Li os dois: Os Pássaros Feridos e O Toque de Midas.São enormes mas têm personagens fabulosas muito bem construídas. Este que aqui tens nunca li. Tenho outro na estante mas ainda não tive coragem. Dizem que é dos piores dela e queria manter este estado de graça!
Bjinhos e boas leituras!
Hmm, os que mencionas ainda não li, mas tenho o 1.º calhamaço da saga de Roma; não passei das primeiras páginas.
A Canção de Tróia é excelente, e nas feiras do livro há sempre um em 2.ª mão.
Beijo e leituras frutuosas!
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