ISBN: 978-0006499572
Avaliação: **** (bom)
Avaliação: **** (bom)
Sou uma fã confessa da dama do crime, Agatha Christie. Parte da minha adolescência foi preenchida com os livros que ela escreveu, inclusive dois sob o pseudónimo de Mary Westmacott. A biblioteca municipal tinha-os em abundância e eu não deixei escapar nenhum.
Sempre admirei o seu génio e astúcia, e se houve alguém capaz de cometer um crime perfeito, terá sido ela. Das personagens saídas da pena de Miss Agatha, as minhas preferidas são os perspicazes Hercule Poirot e Miss Marple, um belga excêntrico com uma paixão assolapada por licores e sapatos de verniz e uma octogenária de olhos azuis e expressão ternurenta que fez da cusquice uma ferramenta ao serviço da descoberta da verdade.
Este livro de Anne Hart, uma inglesa que partilha a paixão por estes dois personagens com leitores de todo o mundo, recria a vida, hábitos e costumes de Hercule Poirot (a autora escreveu um semelhante acerca de Miss Marple a que ainda não deitei a unha), recolhendo fragmentos e citações do próprio, do fiel Capitão Hastings ou de outras figuras que surgiram nos casos onde Poirot interviu, de forma a fazer uma biografia deste dandy dos primeiros meados do século XX.
«Sou, muito provavelmente, o melhor detective do mundo» e outras frases modestas saíam amiúde da boca de Poirot. Pequeno apenas em tamanho, este detective reformado da polícia belga deixava-me completamente vidrada com as suas deduções inteligentíssimas – muitas vezes resolvia os casos sentado na sua sala de chá a bebericar um cacau, depois de analisar factos e depoimentos. No entanto, sempre o preferi em campo, quando se deslocava em férias ou passeios e se via envolvidos em envenenamentos, apunhalamentos e outros derivados.
Era engraçado ver os emproados ingleses que encaravam, a priori, o cabeça de ovo como um homenzinho excêntrico ridículo e insignificante a evitar para, no final do livro, acabarem de queixada no chão, quando o hercúleo investigador reconstituía o crime ponto por ponto. Delicioso.
Em Agatha Christie's Hercule Poirot, houve um trabalho de pesquisa intenso (a autora demorou dois anos a recolher dados), um esquadrinhar de todas as obras que permitiu reunir referências e diálogos de forma a dar a Poirot um passado, gostos e situações quotidianas.
É um livro interessante para um fã assumido de Hercule Poirot. Não tem nenhum mistério nem nenhuma trama, e nada mais é que uma simples e bem organizada biografia do detective mais famoso do mundo (pessoalmente, prefiro-o ao Sherlock).
Recomendo aos fãs de Poirot, pois será certamente uma leitura agradável, com inúmeras menções a casos resolvidos, uma homenagem a umas das personagens mais queridas da literatura policial, que reúne milhões de fãs em todo o mundo.
NOTA: Sei que este livro teve uma edição em Portugal, mas como não consegui arranjar nenhuma, tive de o adquirir no texto original.
Sempre admirei o seu génio e astúcia, e se houve alguém capaz de cometer um crime perfeito, terá sido ela. Das personagens saídas da pena de Miss Agatha, as minhas preferidas são os perspicazes Hercule Poirot e Miss Marple, um belga excêntrico com uma paixão assolapada por licores e sapatos de verniz e uma octogenária de olhos azuis e expressão ternurenta que fez da cusquice uma ferramenta ao serviço da descoberta da verdade.
Este livro de Anne Hart, uma inglesa que partilha a paixão por estes dois personagens com leitores de todo o mundo, recria a vida, hábitos e costumes de Hercule Poirot (a autora escreveu um semelhante acerca de Miss Marple a que ainda não deitei a unha), recolhendo fragmentos e citações do próprio, do fiel Capitão Hastings ou de outras figuras que surgiram nos casos onde Poirot interviu, de forma a fazer uma biografia deste dandy dos primeiros meados do século XX.
«Sou, muito provavelmente, o melhor detective do mundo» e outras frases modestas saíam amiúde da boca de Poirot. Pequeno apenas em tamanho, este detective reformado da polícia belga deixava-me completamente vidrada com as suas deduções inteligentíssimas – muitas vezes resolvia os casos sentado na sua sala de chá a bebericar um cacau, depois de analisar factos e depoimentos. No entanto, sempre o preferi em campo, quando se deslocava em férias ou passeios e se via envolvidos em envenenamentos, apunhalamentos e outros derivados.
Era engraçado ver os emproados ingleses que encaravam, a priori, o cabeça de ovo como um homenzinho excêntrico ridículo e insignificante a evitar para, no final do livro, acabarem de queixada no chão, quando o hercúleo investigador reconstituía o crime ponto por ponto. Delicioso.
Em Agatha Christie's Hercule Poirot, houve um trabalho de pesquisa intenso (a autora demorou dois anos a recolher dados), um esquadrinhar de todas as obras que permitiu reunir referências e diálogos de forma a dar a Poirot um passado, gostos e situações quotidianas.
É um livro interessante para um fã assumido de Hercule Poirot. Não tem nenhum mistério nem nenhuma trama, e nada mais é que uma simples e bem organizada biografia do detective mais famoso do mundo (pessoalmente, prefiro-o ao Sherlock).
Recomendo aos fãs de Poirot, pois será certamente uma leitura agradável, com inúmeras menções a casos resolvidos, uma homenagem a umas das personagens mais queridas da literatura policial, que reúne milhões de fãs em todo o mundo.
NOTA: Sei que este livro teve uma edição em Portugal, mas como não consegui arranjar nenhuma, tive de o adquirir no texto original.
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