domingo, julho 29, 2018

The last time I lied


Autor: Riley Sager
Género: Thriller
Idioma: Inglês
Páginas: 384
Editora: Dutton (Kindle)
Ano: 2018
ISBN: B076GNTWQM
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Depois de ter lido o meu primeiro livro de Riley Sager, Final girls, fui pesquisar se havia outros. Foi assim que descobri que Final girls tinha sido o seu livro de estreia (apesar de já ter publicado outros livros sob outro nome) e que o segundo seria publicado em Julho de 2018. Eu sabia que o ia ler assim que saísse.

E li-o… em três dias, o que é raro; e estamos a falar de quase 400 páginas!

Vamos então à história: duas verdades e uma mentira. O grupo de raparigas com quem Emma Davis calhou partilhar a cabana, no campo de férias Nightingale, jogavam-no de vez em quando e ela também participava. Vivian, Natalie e Allison, de 16 anos, eram todas mais velhas que Emma, de 13, mas ficaram amigas.

Mesmo assim, a diferença de idades e interesses significava que nem sempre faziam coisas juntas. Como na noite em que as três raparigas mais velhas saíram, já tarde, e desapareceram. Uma Emma sonolenta viu-as saírem e viu Vivian a fazer-lhe o gesto que não dissesse nada nem as seguisse mas foi só. As três nunca mais foram vistas e Emma ficou para sempre assombrada pelo que aconteceu.

15 anos mais tarde, a proprietária decide reabrir o campo e convidar Emma – uma pintora em ascensão – para dar aulas de arte. Dividida entre as memórias do que se passou e um anseio em fechar esse capítulo traumático (o salário ser bom também ajuda), Emma aceita, apenas para rever vários rostos do passado e reviver alguns episódios angustiantes.

Os capítulos do livro alternam entre a Emma adulta e a adolescente de há quinze anos atrás, à medida que vamos descobrindo mais sobre as personagens. As revelações e a acção avançam lentamente, assim como o suspense; embora eu tenha achado que acabar quase todos os capítulos em jeito de cliffhanger, sempre com uma interrogação, é um bocado irritante, a gradação e a adição de pormenores foi feita de uma forma sólida, e essa conjugação resultou. O final chegou glorioso, muito bem pensado.

The last time I lied é outro excelente thriller de Riley Sager, emocionante e inteligente.

Até agora, gostei bastante dos 2 livros que ele publicou… e não sou a única: Final girls vai ser adaptado ao cinema e The last time I lied a série de televisão.


*****
(muito bom)

terça-feira, julho 10, 2018

The girl before



 Autor: J.P. Delaney
Género: Thriller
Idioma: Inglês
Páginas: 354
Editora: Random House LLC (Kindle)
Ano: 2017
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The girl before é um thriller envolvente passado numa casa muito especial e contado numa narrativa paralela de passado e presente. A deslumbrante e insegura Emma, ​​a inquilina passada, está tentar recuperar de um assalto recente que a forçou a uma mudança urgente de casa; a racional e metódica Jane, a inquilina actual, luta por ultrapassar o trauma de um nado-morto trabalhando como voluntária numa organização que apoia mulheres na mesma situação. Tanto Emma como Jane, bastante diferentes entre si, anseiam por um novo começo em One Folgate Street, uma casa ultra-minimalista com um sistema domótico topo de gama.

A casa está disponível por um preço acessível se o inquilino concordar com um conjunto de regras restrito - não são permitidas crianças, animais de estimação, livros, tapetes, cortinas, etc. - e em ser monitorizado pelo computador que regula a habitação - e se "adapta" ao inquilino. Edward Monkford, o arquiteto, selecciona criteriosamente os candidatos, e o contrato de arrendamento é rígido e claro na exclusão daqueles que não cumprem as cláusulas
(mais de 200). Curiosamente, o arquitecto envolve-se sexualmente com Emma e Jane, revelando-se um narcisista que as relembra frequentemente que a relação durará enquanto for perfeita... Fragilizadas pelos acontecimentos recentes e a anos-luz do equilíbrio emocional, ambas cedem facilmente à figura, numa relação cuja entrega começa e acaba no acto sexual.

 
"Everything that's yours was once hers."


Atmosférico e perverso q.b., The girl before é uma leitura viciante. Uma das coisas que mais me agradou foi a forma como a acção avança rapidamente. As histórias paralelas de Emma e Jane convergem rapidamente à medida que Jane vai descobrindo mais sobre Emma e o que poderá ter levado ao seu homicídio (ou suicídio), ao mesmo tempo que tenta ultrapassar a sua perda. As reviravoltas são interessantes e o final está bem conseguido.

Um bom thriller cujos direitos já foram comprados por Hollywood.

J.P. Delaney é o pseudónimo do autor Tony Strong, cujo trabalho desconheço; leria outro livro dele.
  


****
(bom)