Autor: Grady Hendrix
Género: Terror
Idioma: Inglês
Páginas: 384
Editora: Titan Books (Kindle)
Ano: 2021
Idioma: Inglês
Páginas: 384
Editora: Titan Books (Kindle)
Ano: 2021
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Grady Hendrix foi um dos meus autores-descoberta de 2020; gostei bastante de We sold our souls e de Horrorstör.
Hendrix é um autor bestseller que tem mais de uma dezena de livros publicados.
The Final Girl support group é o seu último livro; saiu o mês passado e a HBO já adquiriu os direitos para uma série de televisão.
Faz sentido. The Final Girl support group é um bom livro mas funcionará melhor no ecrã. Existem demasiadas referências que apenas fãs de terror (Pesadelo em Elm Street, Halloween, Sexta-feira 13, Massacre no Texas, Gritos) poderão "apanhar", e há umas quantas personagens difíceis de distinguir entre si.
O título do livro alude às seis personagens principais, cada uma delas uma "final girl", a última pessoa viva de um massacre, e aquela que sobrevive para contar o que se passou. Esta figura foi popularizada por vários filmes de terror das décadas de 70 e 80 (mencionados acima).
Estas seis mulheres, tornadas famosas por um evento horripilante, reúnem-se uma vez por mês com uma psicóloga para discutir traumas e desafios - daí o título do livro.
A nossa protagonista, Lynette, é membro desse grupo. Vive em constante sobressalto desde o massacre que a deixou sem família há 20 anos; isolada e paranóica, vê perigo em todo o lado. É ela que vai reagir pior quando uma das "final girls" é assassinada, tentando convencer o grupo que há um plano em marcha para as matar a todas, o que vai originar muitos conflitos.
A primeira parte do livro é a mais difícil de passar. O enfoque é em Lynette e as outras personagens são pouco desenvolvidas. Alguns diálogos também são um pouco descabidos, com recurso a expressões pouco usadas por alguém que já não anda no liceu - a maioria das personagens tem mais de quarenta anos.
Depois, flui melhor. Há muita acção e violência q.b., sem nunca recorrer ao mau gosto.
O autor descreve muito bem as consequências do stress pós-traumático e a forma como cada sobrevivente escolheu usar a sua "fama", com críticas à exploração do drama humano pelos media e por Hollywood.
Um bom livro, escrito por um fã de filmes de terror.
****
(bom)
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