Autor: Joe Hill
Género: Contos/Terror
Idioma: Inglês
Páginas: 383
Editora: Gollancz (Kindle edition)
Ano: 2008
ISBN: 978-0-575-08308-0
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Gosto de terror: de o ler e de ver séries e filmes. Apanho grandes "barretes" e muita coisa mázinha, mas quando acontece o contrário, é uma alegria! Apetece dizer a toda a gente!
Joe Hill é dos mais recentes autores premiados no género e com todo o mérito. Filho do horror icon Stephen King, provou que tem qualidade e valor por si só; o meu livro favorito dele é o fantástico Cornos (o filme estreia este ano). Quando gostamos de um autor, é uma delícia descobrir, e ler, as obras mais antigas e é isso que tenho feito.
20th century ghosts é um livro de contos, nem
todos de terror; os meus favoritos nem são os mais sombrios. Há contos bons e
outros menos assinaláveis; no meio de 16 histórias, há muita variedade. Ficam
na memória os que realmente gostei:
- Best New Horror: Eddie Carroll é um editor desanimado. Quando
lê Buttonboy, não descansa enquanto não arranja uma forma de conhecer o
autor e propor-lhe a edição de uma história tão perturbadora que não pode ser
verdade...
- 20th Century Ghost
- Pop Art: uma premissa inicialmente tão ridícula não deixa
adivinhar a melhor história de todo o livro; dois rapazes outsiders tornam-se
os melhores amigos, apesar de um deles ser insuflável... dos melhores contos
que já li, com uma mensagem muito bonita.
- You Will Hear the Locust Sing
- Abraham's Boys
- Better Than Home
- The Black Phone: um rapaz é raptado e trancado numa cave; numa
parede está um telefone antigo que começa a tocar, apesar de estar desligado...
- In the Rundown
- The Cape: Eric é um miúdo de 7 anos que consegue voar graças a
uma capa que a mãe lhe costurou; já adulto, tenta perceber porque tem uma vida
tão miserável sendo tão especial.
- Last Breath: o Dr. Allinger mantém há décadas o Museu do Silêncio,
composto por dezenas de frascos que contêm o último fôlego dos moribundos,
entre anónimos e famosos. O museu atrai cépticos e crentes, mas a todos o
ex-médico recebe com simpatia e mostra orgulhosamente a engenhoca que lhe
permite reunir a sua colecção peculiar.
- Dead-Wood
- The Widow's Breakfast
- Bobby Conroy Comes Back from the Dead
- My Father's Mask: um adolescente é forçado a ir de fim-de-semana
com os pais, que contam as histórias mais mirabolantes e inventam os jogos mais
absurdos apesar do filho já ser crescido; desta vez, dizem que as "pessoas
do baralho de cartas" vêm buscá-los e têm de fugir... uma história
estranha e memorável.
- Voluntary Committal: Nolan é um rapaz normal com um irmão
esquizofrénico, com quem não consegue comunicar. Morris passa os dias de volta
dos seus fortes feitos de cartão, autênticos labirintos de que apenas ele
consegue escapar.
- Scheherazade’s Typewriter
Algumas histórias são bastante boas, imaginativas ao ponto
de pensarmos «onde é que ele foi desencantar esta ideia?» e outras nem por
isso, o habitual num livro de contos.
Joe Hill é (ainda e infelizmente) um autor algo desconhecido em Portugal. É
pena. Fica a divulgação.
****
(bom)
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