Idioma: Inglês
Páginas: 32
Editora: Amazon Original Stories (Kindle)
Ano: 2022
---
Margaret Atwood é considerada a maior escritora canadiana viva, com uma vasta produção literária de ficção, poesia e ensaio. Ganhou o Booker Prize duas vezes, acumulando vários outros prémios e distinções.
Tornou-se uma das minhas autoras de referência quando li A história de uma serva há muitos anos, uma leitura que mexeu (e ficou) comigo.
Fiz a sua Masterclass de escrita criativa há uns anos e adorei: o curso, já de si interessante e bem estruturado, foi pontuado pelo sentido de humor aguçado e o olhar vivo de Atwood. Continuo fã.
Da minha estante, Os Testamentos (Booker Prize em 2019) chamam-me a atenção de vez em quando, mas enquanto não lhe(s) pego, surgiu a hipótese de revisitar a escritora num formato mais breve.
Em My evil mother, seguimos a história de uma jovem a crescer nos subúrbios canadianos dos anos 50, criada pela mãe solteira, uma figura excêntrica ao ponto de haver rumores de que é uma bruxa. E poderá ser verdade, à medida que vamos descobrindo o quotidiano das duas, pontuado pelos conflitos habituais do choque de gerações mas também pelo comportamento e comentários da progenitora.
É uma excelente história que se lê com um sorriso e algumas gargalhadas. A mãe da narradora faz e diz coisas que dão um colorido invulgar à narrativa e nos faz simpatizar com a filha. No final, a reviravolta faz-nos ler, e apreciar, a história de outra forma.
My evil mother é um conto que explora uma relação complexa entre mãe e filha, as inquietudes e dinâmicas do relacionamento, abordando o controlo parental e o condicionamento das crianças. Tem vários detalhes deliciosos e é espantoso como Margaret Atwood conseguiu condensar tantos pormenores e emoção em trinta páginas! A ler.
*****
(muito bom)