Autor: João Tordo
Género: Romance
Idioma: Português
Editora: Dom Quixote
Páginas: 292
Preço: € 14,95
Género: Romance
Idioma: Português
Editora: Dom Quixote
Páginas: 292
Preço: € 14,95
ISBN: 978-9-72-204137-9
Avaliação: **** (bom)
Vou começar de uma forma politicamente incorrecta. Pensei que João Tordo fosse mais um caso de "pai famoso" no nosso cantinho à beira-mar plantado.
Mesmo assim, decidi investir neste livro porque achei a sinopse interessante.
O nosso narrador é um homem que parece ter perdido o gosto pela vida, hipocondríaco e escritor desinspirado. Quando a editora o convida a viajar até à Hungria para participar num encontro de escritores, é o dinheiro que o move, porque, ultimamente, parece não encontrar interesse em nada.
Mesmo assim, decidi investir neste livro porque achei a sinopse interessante.
O nosso narrador é um homem que parece ter perdido o gosto pela vida, hipocondríaco e escritor desinspirado. Quando a editora o convida a viajar até à Hungria para participar num encontro de escritores, é o dinheiro que o move, porque, ultimamente, parece não encontrar interesse em nada.
Esta decisão marca uma viragem. Em Budapeste encontra e convive com um grupo de pessoas que vai mudar tudo. Levado até Itália para conhecer o óscarizado produtor de filmes Don Metzger, vê-se envolvido no assassinato deste, confinado a uma casa com desconhecidos também eles suspeitos do mesmo crime.
Rodeados por um denso arvoredo, são avisados por Bosco (amigo de longa data de Don) que o assassino deverá avançar e confessar o crime. Depois do choque inicial, percebem que Bosco não está a brincar e que tem intenção de cumprir as ameaças. Começam as dinâmicas de um grupo de pessoas encurraladas por um sociopata que vagueia pela floresta com uma espingarda, pronto a abater aquele que desobedeça. Porém, ninguém é inocente e cedo se descobrem razões e se praticam actos que tornam a sobrevivência mais difícil.
A história é-nos narrada na primeira pessoa, do ponto de vista daquele que menos conhece o espaço envolvente e os companheiros de infortúnio. O livro começa lento mas quando "engata", torna-se viciante e a vontade de ler o desfecho é a confirmação de que estamos perante uma história interessante e bem concebida.
A história é-nos narrada na primeira pessoa, do ponto de vista daquele que menos conhece o espaço envolvente e os companheiros de infortúnio. O livro começa lento mas quando "engata", torna-se viciante e a vontade de ler o desfecho é a confirmação de que estamos perante uma história interessante e bem concebida.
«(...) lá dentro são todos imortais. Uma sala cheia de super-homens e de super-mulheres, perfeitos na sua imperfeição, completamente esquecidos de que são, como todos nós, repasto para cemitérios. Comida para os vermes.»
Gostei d'O bom inverno e recomendo-o. Sem me esquecer que, das várias críticas que tenho lido nos blogs, parece que tive sorte e comecei pelo melhor romance de João Tordo.
2 comentários:
Pois eu nem sabia que o tipo escrevia...
Eu soube pela enorme publicidade (para um livro português, entenda-se) que se gerou à volta deste livro; ganhou o prémio literário josé saramago com o romance anterior a este. ;)
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