Autor: Shirley Jackson
Género: Romance / Gótico
Idioma: Português
Editora: Cavalo de Ferro
Páginas: 208
Preço: € 14,40
Género: Romance / Gótico
Idioma: Português
Editora: Cavalo de Ferro
Páginas: 208
Preço: € 14,40
ISBN: 978-9-89-623119-4
Título original: We have always lived in the castle
Avaliação: *****(muito bom)
Título original: We have always lived in the castle
Avaliação: *****(muito bom)
Este foi o último romance de Shirley Jackson, considerado pela crítica «um dos 10 melhores romances da literatura norte-americana» (time magazine).
«Chamo-me Mary Katherine Blackwood. Tenho dezoito anos e vivo com a minha irmã Constance (...). Não gosto de me lavar, nem de cães ou barulho. Gosto da minha irmã Constance, de Ricardo Coração de Leão e do Amanita phalloides, o cogumelo da morte. Todas as outras pessoas da minha família estão mortas.»
Passado nos anos 50, conta-nos a história de duas irmãs, Constance e Mary Catherine (Merricat), que vivem com o seu tio Julian - confinado a uma cadeira de rodas - numa enorme casa nos limites de uma pequena cidade. Estas 3 pessoas são as sobreviventes de uma abastada família, os Blackwood, tendo os restantes morrido envenenados após um jantar familiar, há 6 anos atrás. O velho Julian vive obcecado com o evento, e na sua senilidade, está sempre a referi-lo e a compilar pormenores do mesmo em apontamentos que revê frequentemente. As irmãs, de 18 e 28 anos, vivem para a sua rotina, isoladas do resto do mundo. Constance, a mais velha, foi julgada e absolvida do homicídio dos restantes familiares, mas toda a cidade a julga culpada, aumentando a reclusão dos Blackwood.
É um livro muitíssimo envolvente, bem escrito e arrepiante. Merricat é uma narradora desdenhosa, parcial e complexa, e passa metade do seu tempo a desejar a morte alheia e outras tantas horas a fazer feitiços e rituais para manter e assegurar o isolamento do núcleo. A sua felicidade é poder seguir o seu calmo quotidiano junto da irmã mais velha, que adora. Há frases que nos levam a crer que Merricat tem um atraso mental, pois insiste em portar-se como uma criança e faz finca-pé quando contrariada. Porém, determinada e calculista, detentora de uma personalidade dominadora, leva sempre a sua avante.
Até que a chegada inesperada de um primo faz precipitar situações que vão mudar as vidas dos Blackwood. A tensão vai crescendo na 2.ª metade do livro, levando a algumas revelações surpreendentes, que deixam o leitor igualmente arrepiado e atordoado.
Gostava de o ter lido antes porque é um livro muito bom, mas nunca é tarde para o recomendar. Leiam assim que puderem, vale a pena.
«Chamo-me Mary Katherine Blackwood. Tenho dezoito anos e vivo com a minha irmã Constance (...). Não gosto de me lavar, nem de cães ou barulho. Gosto da minha irmã Constance, de Ricardo Coração de Leão e do Amanita phalloides, o cogumelo da morte. Todas as outras pessoas da minha família estão mortas.»
Passado nos anos 50, conta-nos a história de duas irmãs, Constance e Mary Catherine (Merricat), que vivem com o seu tio Julian - confinado a uma cadeira de rodas - numa enorme casa nos limites de uma pequena cidade. Estas 3 pessoas são as sobreviventes de uma abastada família, os Blackwood, tendo os restantes morrido envenenados após um jantar familiar, há 6 anos atrás. O velho Julian vive obcecado com o evento, e na sua senilidade, está sempre a referi-lo e a compilar pormenores do mesmo em apontamentos que revê frequentemente. As irmãs, de 18 e 28 anos, vivem para a sua rotina, isoladas do resto do mundo. Constance, a mais velha, foi julgada e absolvida do homicídio dos restantes familiares, mas toda a cidade a julga culpada, aumentando a reclusão dos Blackwood.
É um livro muitíssimo envolvente, bem escrito e arrepiante. Merricat é uma narradora desdenhosa, parcial e complexa, e passa metade do seu tempo a desejar a morte alheia e outras tantas horas a fazer feitiços e rituais para manter e assegurar o isolamento do núcleo. A sua felicidade é poder seguir o seu calmo quotidiano junto da irmã mais velha, que adora. Há frases que nos levam a crer que Merricat tem um atraso mental, pois insiste em portar-se como uma criança e faz finca-pé quando contrariada. Porém, determinada e calculista, detentora de uma personalidade dominadora, leva sempre a sua avante.
Até que a chegada inesperada de um primo faz precipitar situações que vão mudar as vidas dos Blackwood. A tensão vai crescendo na 2.ª metade do livro, levando a algumas revelações surpreendentes, que deixam o leitor igualmente arrepiado e atordoado.
Gostava de o ter lido antes porque é um livro muito bom, mas nunca é tarde para o recomendar. Leiam assim que puderem, vale a pena.
2 comentários:
Esse livro foi sugerido (passou inclusivamente entre mãos) num jantar recente... Hesitei pela sinopse... parece-me intenso e é capaz de fugir um pouco àquilo a que estou habituada... Seja como for, como tu dizes, nunca é tarde para experimentar... Vou anotar a recomendação (assim como as 5 estrelinhas que lhe deste!)
Beijinho*
Olá, Anna!
Intenso é uma boa palavra para o descrever mas para acertar na mouche teremos de adicionar um advérbio: muito. É muito intenso e apaixonante.
Lê-o e diz-me se não gostaste. ;)
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