ISBN: 978-9-89-231596-6
Título original: The Countess: a novel of Elizabeth Bathory
Título original: The Countess: a novel of Elizabeth Bathory
Avaliação: **** (bom)
Erzébet Báthory nasceu nobre, rica e bela, filha de aristocratas húngaros. Acabou prisioneira na torre do seu castelo, abandonada para morrer, sem família nem amigos. Sobre si pendiam acusações macabras: teria morto centenas de jovens, vítimas de espancamento, fome ou ambas, por lhe terem desagradado.
A história é contada na 1.ª pessoa, com a aristocrata a relatar a sua vida, desde a infância até às circunstâncias que levaram ao seu encarceramento, sempre num tom intimista. Apesar de algumas nuances góticas e da frase na capa (Bathory é considerada a primeira assassina em série da História), os relatos de violência são poucos e ligeiramente aflorados, além de que a autora escolheu não usar muito do folclore que envolve a lenda da Condessa Sangrenta.
Bastante ricas são as descrições da vida na Hungria nos séculos 16 e 17, que permite ao leitor perceber como viviam e se entretinham no ócio os nobres; quanto ao povo, já se sabe: trabalho, privações, sacrifício. O livro tem um bom ritmo, o retrato psicológico da condessa é muito subtil, evitando a diabolização fácil mas deixando adivinhar alguns traços negativos, como a desconsideração das pessoas pela sua classe social e um extremo egoísmo.
Para aqueles que possam ser atraídos por promessas de "vampiragem" e banhos de sangue, não vão levar nada. A Condessa é a história de uma mulher forte e autónoma, prometida em casamento aos 11 anos, que conseguiu aumentar a sua riqueza e acolheu dezenas de jovens na sua casa, com a promessa de trabalho honesto, dote e casamento. Ajudou algumas, mas algures pelo caminho perdeu-se, assustada com o avançar da idade e desconfiada das intenções dos que a rodeavam.
Esperava mais do livro, assim como o aprofundar de algumas passagens (o casamento com Ferenc e a relação com Anna Darvulia, a sua criada mais fiel e querida), mas a autora mantém um tom de romance histórico até ao fim, numa escrita fluida e pouco negra, justamente esperada tendo em conta o tema.
A história é contada na 1.ª pessoa, com a aristocrata a relatar a sua vida, desde a infância até às circunstâncias que levaram ao seu encarceramento, sempre num tom intimista. Apesar de algumas nuances góticas e da frase na capa (Bathory é considerada a primeira assassina em série da História), os relatos de violência são poucos e ligeiramente aflorados, além de que a autora escolheu não usar muito do folclore que envolve a lenda da Condessa Sangrenta.
Bastante ricas são as descrições da vida na Hungria nos séculos 16 e 17, que permite ao leitor perceber como viviam e se entretinham no ócio os nobres; quanto ao povo, já se sabe: trabalho, privações, sacrifício. O livro tem um bom ritmo, o retrato psicológico da condessa é muito subtil, evitando a diabolização fácil mas deixando adivinhar alguns traços negativos, como a desconsideração das pessoas pela sua classe social e um extremo egoísmo.
Para aqueles que possam ser atraídos por promessas de "vampiragem" e banhos de sangue, não vão levar nada. A Condessa é a história de uma mulher forte e autónoma, prometida em casamento aos 11 anos, que conseguiu aumentar a sua riqueza e acolheu dezenas de jovens na sua casa, com a promessa de trabalho honesto, dote e casamento. Ajudou algumas, mas algures pelo caminho perdeu-se, assustada com o avançar da idade e desconfiada das intenções dos que a rodeavam.
Esperava mais do livro, assim como o aprofundar de algumas passagens (o casamento com Ferenc e a relação com Anna Darvulia, a sua criada mais fiel e querida), mas a autora mantém um tom de romance histórico até ao fim, numa escrita fluida e pouco negra, justamente esperada tendo em conta o tema.
2 comentários:
Uma das minhas próxima leiuras... Bjos*
Espero que gostes; eu esperava mais intensidade, por acaso. ;)
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