Autor: Asia Bibi (Anne-Isabelle Tollet)
Género: Biografia
Idioma: Português
Editora: Alêtheia Editores
Páginas: 142
Preço: € 10
ISBN: 978-9-89-622417-2
Título original: Blasphème
Título original: Blasphème
Avaliação: **** (bom)
Blasfémia chegou até mim no seguimento da iniciativa de leitura conjunta da Paula T, no blog viajar pela leitura.
O objectivo é fazer circular o livro e, assim, dar a conhecer a história de Asia Noreen Bibi, uma cristã num Paquistão populado por milhões de muçulmanos. Asia esforça-se por sobreviver diariamente, fazendo limpezas e trabalhando nos campos, tudo o que possa render dinheiro para comprar alimentos para os filhos. O marido trabalha numa fábrica de tijolos e, juntos, vivem o dia a dia como podem, tentando não enfurecer os vizinhos, que não lhes perdoam por não serem devotos a Alá.
Asia é cristã e o copo pertencia às companheiras muçulmanas. Ao mergulhar de novo o copo na água depois de ter bebido, "sujou" a água; o gesto foi um insulto religioso. A notícia espalhou-se e Asia foi espancada e escoltada pela polícia local. Ficou um ano na cadeia a aguardar julgamento e foi sentenciada à morte, onde aguarda, até hoje, a execução.
«Asia Noreen Bibi, em virtude do artigo 295.º-C do código paquistanês, o tribunal condena-vos à pena capital por enforcamento e a uma multa de 300.000 rupias.» (o valor representa cerca de 2500 euros, uma quantia milionária no Paquistão.)
O Papa Bento XVI manifestou falou publicamente o seu apoio a Asia e dois políticos do seu país defenderam a sua causa, sendo que um deles, ministro das minorias, chegou a encontrar-se com Hillary Clinton para apelar à libertação da mãe de família. Ambos os políticos foram, entretanto, assassinados por mártires islâmicos, por defenderem os impuros que não professam o Islão.
Hoje, somente o marido e o advogado conseguem vê-la, em condições muito difíceis e apenas através de uma câmara, instalada na cela de Asia. Esta vive em condições sub-humanas, sendo que vários anónimos (com receio de represálias) a ajudam a passar palavra cá para fora. Sempre que as condições de segurança o permitiram, cada capítulo do manuscrito foi-lhe apresentado. O texto deste livro contém o seu total acordo e apoio à sua publicação. Asia Bibi quer ser ouvida e deseja que conheçam a sua história; este é um relato extraordinário na primeira pessoa, que choca quem vive num país minimamente civilizado.
4 comentários:
Um livro que é um testemunho do que ainda se faz e pratica em pleno sec. XXI
Eu sei! e as mulheres presas por terem sido violadas!? mundo louco.
E atrevem-se a chamar "religião" ao islamismo...
Alguns deles são simplesmente loucos, loucos com poder para aprisionar, maltratar e matar outros. Arrepiante.
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