Autor: Irving Wallace
Género: Ficção
Idioma: Português
Editora: Livros do Brasil
Páginas: 300
Preço: € 9,60
Género: Ficção
Idioma: Português
Editora: Livros do Brasil
Páginas: 300
Preço: € 9,60
ISBN: 978-9-72-380576-5
Título original: The celestial bed
Avaliação: *** (mediano)
Irving Wallace é um autor norte-americano que fez grande sucesso nos anos 80 e ainda hoje é um nome de referência no campo de ficção. O que mais me agrada no seu estilo é a simplicidade linguística e os enredos. Wallace elabora temas bastante diversificados e interessantes para os seus livros que, após a breve leitura da sinopse na contracapa, nos desperta a atenção. O Leito Celestial não é excepção.
A temática, algo arrojada para o ano em que foi escrito (1987), trata de disfunções sexuais como a impotência, a ejaculação precoce e a ausência de libido, tendo como palco a liberal e soalheira Califórnia.
O Dr. Freeberg é um terapeuta sexual que adopta dos seus ídolos de profissão a utilização de delegados sexuais como parte do tratamento para os problemas dos que o procuram; os delegados são homens e mulheres atraentes, confiantes e sem pudores, cujo objectivo é desinibirem gradualmente os pacientes e ensinarem-lhes a desfrutar do seu corpo e do corpo do seu parceiro sexual através de um determinado número de sessões, sessões essas pontuadas por troca de carícias, apreensão do próprio corpo, jogos de sedução e descontracção total, cuja meta é levar o paciente a atingir o orgasmo, a ter uma erecção, a sentir desejo sexual novamente, conforme os casos.
Mas a Califórnia não é tão liberal como se esperava e Freeberg tem na peugada um magistrado do Ministério Público com fome de protagonismo e um pastor evangelista com o pecado na boca e a bíblia como suporte dos seus argumentos. As suas acusações retratam o terapeuta diplomado como um proxeneta e os seus delegados sexuais como prostitutos.
Assim, ao longo do livro seguimos o caso de três pacientes (dois homens e uma mulher) e o tratamento que lhes é aplicado pelos delegados, ao mesmo tempo que os vilões de serviço juntam provas para fundamentar o seu caso através de um esquema camuflado. Confesso que os meus capítulos preferidos foram aqueles que acompanhavam as ditas sessões entre paciente e delegado, sempre numa linguagem correcta e gráfica sem cair na vulgaridade.
O aspecto menos conseguido são os sub-enredos imaginados por Wallace para suportar a história, com o seu ponto mais baixo patente no romance trôpego entre os dois delegados sexuais protagonistas e na forma como finaliza e remata o livro, o que prejudica em muito o livro e tira-lhe imensa credibilidade. É como assistirmos a uma palestra rigorosamente técnica sobre astronomia e às tantas aparecer um doutorado mascarado de extra-terrestre a fazer macacadas, desvirtuando o que foi dito até então.
O Leito Celestial vendeu muito e ainda vende alguma coisa; o sexo vende sempre. Ajuda ser uma leitura fluída e ligeira, traços comuns da escrita de Wallace. Apesar dos pontos negativos que referi prejudicarem em muito o livro, vale a pena lê-lo.
A temática, algo arrojada para o ano em que foi escrito (1987), trata de disfunções sexuais como a impotência, a ejaculação precoce e a ausência de libido, tendo como palco a liberal e soalheira Califórnia.
O Dr. Freeberg é um terapeuta sexual que adopta dos seus ídolos de profissão a utilização de delegados sexuais como parte do tratamento para os problemas dos que o procuram; os delegados são homens e mulheres atraentes, confiantes e sem pudores, cujo objectivo é desinibirem gradualmente os pacientes e ensinarem-lhes a desfrutar do seu corpo e do corpo do seu parceiro sexual através de um determinado número de sessões, sessões essas pontuadas por troca de carícias, apreensão do próprio corpo, jogos de sedução e descontracção total, cuja meta é levar o paciente a atingir o orgasmo, a ter uma erecção, a sentir desejo sexual novamente, conforme os casos.
Mas a Califórnia não é tão liberal como se esperava e Freeberg tem na peugada um magistrado do Ministério Público com fome de protagonismo e um pastor evangelista com o pecado na boca e a bíblia como suporte dos seus argumentos. As suas acusações retratam o terapeuta diplomado como um proxeneta e os seus delegados sexuais como prostitutos.
Assim, ao longo do livro seguimos o caso de três pacientes (dois homens e uma mulher) e o tratamento que lhes é aplicado pelos delegados, ao mesmo tempo que os vilões de serviço juntam provas para fundamentar o seu caso através de um esquema camuflado. Confesso que os meus capítulos preferidos foram aqueles que acompanhavam as ditas sessões entre paciente e delegado, sempre numa linguagem correcta e gráfica sem cair na vulgaridade.
O aspecto menos conseguido são os sub-enredos imaginados por Wallace para suportar a história, com o seu ponto mais baixo patente no romance trôpego entre os dois delegados sexuais protagonistas e na forma como finaliza e remata o livro, o que prejudica em muito o livro e tira-lhe imensa credibilidade. É como assistirmos a uma palestra rigorosamente técnica sobre astronomia e às tantas aparecer um doutorado mascarado de extra-terrestre a fazer macacadas, desvirtuando o que foi dito até então.
O Leito Celestial vendeu muito e ainda vende alguma coisa; o sexo vende sempre. Ajuda ser uma leitura fluída e ligeira, traços comuns da escrita de Wallace. Apesar dos pontos negativos que referi prejudicarem em muito o livro, vale a pena lê-lo.
Sem comentários:
Enviar um comentário