Género: Romance
Idioma: Inglês
Páginas: 336
Editora: St. Martin's Paperbacks
Ano: 2004
ISBN: 0-312-99032-4
Editora: St. Martin's Paperbacks
Ano: 2004
ISBN: 0-312-99032-4
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Bem-vindos ao típico subúrbio americano: populado pela classe alta, belas vivendas
de 2 andares com relvados verdejantes e carros recentes, parques
infantis sempre lotados onde os utentes debitam filosofias de vida e conselhos
de como educar os filhos - como ser pai é deixar de ser egoísta e aprender a
viver para uma outra pessoa, atingindo uma consciência superior.
Nem todas as
personagens de Little children – todos eles residentes na mesma área - são
assim: temos pais aborrecidos para lá do imaginável, cansados da sua prole,
altamente susceptíveis ao adultério; pais que se esquecem de embalar lanches e
peluches preferidos; ou os que andam com os filhos no parque a horas pouco
recomendáveis, mesmo quando um ex-recluso (condenado por se ter exibido a uma
menor) se muda para a vizinhança… há aqui um real desejo de fuga.
Tom Perrotta
não poupa as suas personagens, é satírico no seu retrato, mas há um cuidado em humanizar
sem ceder ao sentimentalismo.
Uma das protagonistas é Sarah, que não se identifica com
as outras mães que passam o tempo a falar dos filhos e se sente isolada e sem
amigos. Em casa, ela e o marido tornaram-se estranhos. A única coisa que a ajuda a suportar a rotina é
Todd, um pai dono de casa que também leva o filho ao parque todos os dias e bastante
cobiçado pelas mulheres da vizinhança. A solidão e o tédio vão levar a que
tenham um caso amoroso que se torna um dos dramas centrais do livro, mas há outros
dramas em abundância.
Little
children não é livro que nos faça sentir bem nem tem personagens simpáticas mas
está muito bem escrito, não é previsível e é interessante.
Este foi o
primeiro livro que li de Tom Perrotta e não será o último.
****
(bom)
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