Autor: Val McDermid
Género: Policial / Thriller
Idioma: Português
Editora: Gótica
Colecção: Nocturnos
Páginas: 456
Preço: € 17
Género: Policial / Thriller
Idioma: Português
Editora: Gótica
Colecção: Nocturnos
Páginas: 456
Preço: € 17
ISBN: 978-9-72-792108-9
Título original: The distant echo
Avaliação: **** (bom)
Val McDermid é uma das maiores escritoras escocesas do género policial, com diversos prémios no seu palmarés. Um eco distante foi distinguido com os prémios literários Sherlock e Barry e nomeado para o Theakston's Old Peculiar Crime Novel of the Year.
No inverno de 1978, quatro universitários ingleses vão a caminho de casa quando “tropeçam” no cadáver de uma jovem de 19 anos. Em comum têm o facto de serem todos amigos de infância, partilharem uma paixão por David Bowie e Pink Floyd e conhecerem a vítima, Rosie Duff, empregada num bar da zona.
Alex "Gilly" Gilbey, Sigmund "Ziggy" Malkiewicz, Tom "Weird" Mackie e Davey "Mondo" Kerr depressa percebem que, ao invés de serem tratados como testemunhas de um crime, são encarados como os principais suspeitos pela polícia local. Numa localidade pequena, não é preciso muito para que passem a ser olhados de lado, o que piora quando o caso nunca chega a julgamento.
A 1ª metade do livro descreve a forma como os amigos vêem as suas vidas alteradas e como são forçados a emigrar para outra região de Inglaterra ou mesmo para outro país, porque em Kirkcaldy tornaram-se personas non gratas.
25 anos depois (2ª metade do livro), a polícia decide reabrir o caso do homicídio de Rosie Duff, na esperança é que as novas técnicas de investigação permitam resolver casos arquivados. Os quatro amigos, todos respeitáveis quarentões, cada um com a sua vida bem sucedida, vêem o seu quotidiano dar uma volta de 180 graus com a recepção de telefonemas ameaçadores e o assassinato de um deles… precisamente no dia que faz um quarto de século que Rosie morreu.
Um eco distante tem uma atmosfera densa e as personagens estão tão bem delineadas que é um prazer ler a 1ª metade do livro, ler a forma como cada um reage ao assassinato e à suspeita, numa escrita muito bem articulada. Nisso, é um policial imensamente bem conseguido.
No entanto, a cerca de 100 páginas do final, vai perdendo algum ritmo e dá para perceber sem dificuldade quem é o assassino, o que é algo frustrante, porque a autora vai como que a coxear até à meta.
O grande mérito de Val McDermid reside na forma como mostra a facilidade com que uma amizade pouco sólida (independentemente de ser uma amizade de infância) se desfaz quando sujeita a pressões e, ao mesmo tempo, se pode fortalecer na adversidade. Mais do que um policial com pitadas de mistério, guia-nos por vários tipos de relacionamentos e a sua resistência à adversidade.
Um bom policial.
No inverno de 1978, quatro universitários ingleses vão a caminho de casa quando “tropeçam” no cadáver de uma jovem de 19 anos. Em comum têm o facto de serem todos amigos de infância, partilharem uma paixão por David Bowie e Pink Floyd e conhecerem a vítima, Rosie Duff, empregada num bar da zona.
Alex "Gilly" Gilbey, Sigmund "Ziggy" Malkiewicz, Tom "Weird" Mackie e Davey "Mondo" Kerr depressa percebem que, ao invés de serem tratados como testemunhas de um crime, são encarados como os principais suspeitos pela polícia local. Numa localidade pequena, não é preciso muito para que passem a ser olhados de lado, o que piora quando o caso nunca chega a julgamento.
A 1ª metade do livro descreve a forma como os amigos vêem as suas vidas alteradas e como são forçados a emigrar para outra região de Inglaterra ou mesmo para outro país, porque em Kirkcaldy tornaram-se personas non gratas.
25 anos depois (2ª metade do livro), a polícia decide reabrir o caso do homicídio de Rosie Duff, na esperança é que as novas técnicas de investigação permitam resolver casos arquivados. Os quatro amigos, todos respeitáveis quarentões, cada um com a sua vida bem sucedida, vêem o seu quotidiano dar uma volta de 180 graus com a recepção de telefonemas ameaçadores e o assassinato de um deles… precisamente no dia que faz um quarto de século que Rosie morreu.
Um eco distante tem uma atmosfera densa e as personagens estão tão bem delineadas que é um prazer ler a 1ª metade do livro, ler a forma como cada um reage ao assassinato e à suspeita, numa escrita muito bem articulada. Nisso, é um policial imensamente bem conseguido.
No entanto, a cerca de 100 páginas do final, vai perdendo algum ritmo e dá para perceber sem dificuldade quem é o assassino, o que é algo frustrante, porque a autora vai como que a coxear até à meta.
O grande mérito de Val McDermid reside na forma como mostra a facilidade com que uma amizade pouco sólida (independentemente de ser uma amizade de infância) se desfaz quando sujeita a pressões e, ao mesmo tempo, se pode fortalecer na adversidade. Mais do que um policial com pitadas de mistério, guia-nos por vários tipos de relacionamentos e a sua resistência à adversidade.
Um bom policial.
2 comentários:
Na volta deixaram de pagar à escritora nessa altura, pelo que avacalhou o trabalho.
(em tom de brincadeira) se procurares por uma foto dela, acho que dá para adivinhar que já se deixou avacalhar faz tempo. :D
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