Idioma: Português
Editora: Casa das Letras
Páginas: 264
Preço: € 15
Editora: Casa das Letras
Páginas: 264
Preço: € 15
ISBN: 978-9-72-461947-7
Título original: The lovely bones
Avaliação: ***** (muito bom)
O
meu apelido era Salmon e o nome próprio Susie. Tinha 14 anos quando fui
assassinada, no dia 6 de Dezembro de 1973. (...) Quando
as pessoas ainda pensavam que coisas dessas não aconteciam.
Visto do céu foi o romance de estreia de Alice Sebold e resultou num sucesso literário; ganhou os prémios maiores do meio literário e uma adaptação ao cinema pela mão de Peter Jackson (mais conhecido pela trilogia cinematográfica d'O Senhor dos Anéis).
Logo nas primeiras páginas, a nossa narradora, Susie, revela-nos que foi violentamente assassinada, quem a matou e quais os efeitos da sua morte na comunidade e seio familiar, numa década de 70 imersa em flower power e pouco habituada a homicídios infanto-juvenis. Revoltada com o seu destino, Susie continua a seguir os acontecimentos da família e amigos, a partir do seu céu. Pelos seus olhos e voz, vemos os pais a tentar lidar com a morte da primogénita, o crescimento dos seus 2 irmãos mais novos e até os movimentos do seu assassino.
Visto do céu foi o romance de estreia de Alice Sebold e resultou num sucesso literário; ganhou os prémios maiores do meio literário e uma adaptação ao cinema pela mão de Peter Jackson (mais conhecido pela trilogia cinematográfica d'O Senhor dos Anéis).
Logo nas primeiras páginas, a nossa narradora, Susie, revela-nos que foi violentamente assassinada, quem a matou e quais os efeitos da sua morte na comunidade e seio familiar, numa década de 70 imersa em flower power e pouco habituada a homicídios infanto-juvenis. Revoltada com o seu destino, Susie continua a seguir os acontecimentos da família e amigos, a partir do seu céu. Pelos seus olhos e voz, vemos os pais a tentar lidar com a morte da primogénita, o crescimento dos seus 2 irmãos mais novos e até os movimentos do seu assassino.
O curioso é que a história me envolveu completamente apesar de eu não acreditar na vida além da morte nem em aparições fantasmagóricas; o livro é tão bom como isso, com a sua prosa simultaneamente crua e delicada, personagens complexas e descrições realistas. Susie é uma narradora deliciosa e, acima de tudo, genuína na sua inocência e frescura adolescentes, o que torna o relato mais doloroso de ler, pois desde o início que sabemos que a sua morte é definitiva e por mais acontecimentos paranormais que aconteçam, isso nunca se irá alterar. Susie Salmon está morta, não vai casar, ter filhos nem viver a história de amor que deixou em suspenso na terra. E isso é triste. Mesmo assim, Alice Sebold conseguiu imprimir esperança numa narrativa muitas vezes sombria, o que é um feito assinalável.
Podem ler o primeiro capitulo do livro aqui. Peter Jackson adaptou-o ao cinema em 2009 (escrevi a minha opinião do filme no blog bué de fitas).