quinta-feira, janeiro 31, 2013

Sangue Furtivo (saga Sangue Fresco #5)




Autor: Charlaine Harris
Género:
 Fantasia Urbana
Idioma: Português
Editora: Saída de Emergência
Páginas: 256
ISBN:  978-9-89-637207-1
Título original: Dead as a doornail
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Sangue Furtivo é o quinto livro da saga Sangue Fresco, que catapultou Charlaine Harris para a fama e deu origem à bem sucedida série de televisão True Blood.

Sookie Stackhouse vive em Bon Temps, é empregada de mesa e vive no nosso mundo, rodeada de vampiros, lobisomens e fadas, que são criaturas reais que andam entre nós. A capacidade em ler pensamentos alheios tornam Sookie apetecível para os seres sobrenaturais, que insistem em pedir-lhe ajuda e envolvê-la em mil peripécias.

Em Sangue Furtivo, Sookie está preocupada com o irmão, Jason, que se está a tornar um metamorfo, o que significa que a cada lua cheia, se irá transformar numa pantera.  A preocupação de Sookie intensifica-se quando um atirador furtivo começa a abater os metamorfos da zona. Sookie tem até à próxima lua cheia para descobrir quem está envolvido nestes ataques, de forma a tirar Jason de apuros. 


Entretanto, o lobisomem Alcide pede a ajuda da jovem para a eleição do novo alfa da alcateia de Jackson, onde o pai de Alcide se defrontará com o seu adversário até à morte. Sookie vê-se envolvida em mais complicações do que gostaria, mas nunca lhe falta sentido de humor perante a adversidade nem uma forma de escapar ilesa.

Tenho gostado bastante de ler os livros: são divertidos e têm um ritmo imparável. Mas neste quinto livro notei uma quebra de credibilidade na história (bem sei que o género em causa é fantasia) que me pareceram demasiado à la literatura juvenil: Sookie continua irresistível para todos os machos que se cruzem com ela  e a forma como escapa a cenários fatais às vezes cheira a esturro.

Em Sangue Furtivo, temos uma Sookie bastante mais atrevida, que namorisca a torto e a direito, desviando-se do que é habitual noutros livros. De notar que no primeiro livro da saga, Sookie não passava da empregada "esquisita" de quem quase toda a população de Bon Temps se mantinha ao largo; agora que não há lobisomem nem vampiro nem metamorfo que lhe resista, deixou de ser pessoa non grata.


Tirando isso, e porque o bom supera o menos bom nesta saga, vou continuar a ler Sangue Fresco. Pode ser que tenha sido um título mais desinspirado; acontece.

avaliação: **** (bom)

domingo, janeiro 20, 2013

Apartment 16


Autor:
 Adam Nevill
Género:
 Terror/Sobrenatural
Editora: Pan Publishing
ISBN:  978-0-33-051496-5
Páginas: 449
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Adam Nevill é uma das novas promessas do terror britânico. Dele já li The Ritual, que também recomendo. Em Nevill, aprecio sobretudo a capacidade em envolver o leitor recorrendo a cenários vívidos e uma prosa lírica e moderna.

Em Apartment 16, somos transportados até à Londres contemporânea, onde a americana Apryl chega para reclamar a sua herança: um apartamento na elegante mas baça Barrington House, em Knighstbridge. O andar foi-lhe deixado pela tia-avó, Lily, que morreu em circuntâncias peculiares.


Lily tinha fama de excêntrica e amalucada, e ao ler os seus diários, Apryl descobre que a tia-avó vivia aterrorizada, convencida de que não conseguia deslocar-se a mais uma milha de Barrington House devido ao estranho poder do apartamento 16, cujo ocupante era um pintor cujos quadros evocavam os cenários mais dantescos.


Seth é um artista sem inspiração nem dinheiro, que sobrevive trabalhando como porteiro nocturno na Barrington House. Nas suas rondas, sobressalta-se com os estalidos e murmúrios que vêm do apartamento 16 e que simultaneamente o assustam e seduzem.


Seth e Apryl são atraídos para o apartamento de formas diferentes: Seth sente a necessidade de investigar o espaço e espreitar as divisões ao passo que Apryl está mais interessada em perceber quem viveu ali e a forma como afectou a existência da sua tia-avó e restantes inquilinos.


A história avança lenta mas eficientemente, bastante atmosférica e sem acelerar. Há bastantes referências ao ocultismo e ao movimento do Vorticismo, que tornam a acção mais interessante mas mesmo tempo que a abrandam. O livro é bom mas tem uma dúzia de parágrafos que estão claramente a mais, o que me parece desnecessário num livro de 400 e muitas páginas.


O final não é aquele que o livro merece, esperava mais. Porém, a caminhada até lá é feita através de uma narrativa bem estruturada, nitidamente pesquisada e com personagens carismáticas. Apesar de ainda não ter sido avassalada por nenhum título de Adam Nevill, vou continuar a lê-lo, pois apesar dos desfechos não serem os meus favoritos, as suas histórias são interessantíssimas e muito bem (d)escritas.


Um autor a descobrir para quem gosta da literatura de terror e com elementos fantásticos.


avaliação: **** bom

terça-feira, janeiro 08, 2013

Mentiras e condomínios



Autor:
 Filipa Múrias
Género:
 Romance
Editora: Oficina do Livro
ISBN:  978-9-72-857964-7
Páginas: 180
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Faço questão de ler todos os géneros literários. Privilegio alguns porque tenho preferências mas não descrimino. Compro a maioria dos meus livros mas também recorro à biblioteca municipal, onde se encontram títulos mais antigos. Foi lá que encontrei o colorido Mentiras e Condomínios. A sinopse não era aliciante mas adoro enredos femininos e começar 2013 com um autor português foi excelente... mas não sinónimo de uma leitura memorável.

Caetana volta a Portugal depois de um divórcio tempestuoso e sete anos a viver o american lifestyle. De volta à casa dos pais em Cascais, pretende recuperar a serenidade e a estabilidade emocionais perdidas com as escolhas passadas. O reencontro com as duas melhores amigas e um emprego como assistente de realização parecem um começo auspicioso, mas Caetana é apanhada num mundo de aparências e muita ambição.

O livro divide-se em capítulos curtos, de 5 a 10 páginas, com muito diálogo e descrições breves. O tom é leve. A protagonista, Caetana, está a meio de uma crise existencial onde questiona tudo o que fez até então, nomeadamente a nível de amor e carreira. Não chega a cair na choraminguice mas a forma superficial como é descrita não desperta grande simpatia no leitor, o que se estende à restante galeria de personagens. Acho que essa é a razão principal porque não gostei do livro: parece ter sido escrito à pressa, não desenvolvendo verdadeiramente as personagens e as situações.


Para quem gosta de literatura light, Mentiras e Condomínios é um título a experimentar; eu achei que poderia ter sido melhor explorado e uma leitura mais proveitosa.

avaliação: ** fraco

terça-feira, janeiro 01, 2013

adeus 2012, olá 2013


Em jeito de resumo, dos livros que li em 2012, elegi os melhores e o pior,
que nem só de bons momentos se fazem as leituras.


os melhores...



... e o menos bom



 Um bom 2013 e boas leituras!