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20 de abril de 2024

Torso

    


Autores: Brian Michael Bendis, Marc Andreyko
Género: Banda desenhada
Idioma: Inglês
Páginas: 288
Editora: Dark Horse Books (Kindle)
Ano: 2022

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Torso conta a história da investigação ao primeiro serial killer americano.

1935: o agente federal Eliot Ness, líder d’Os Intocáveis (famosos por não cederem às tentativas de suborno feitas pela máfia), muda-se para Cleveland, recém-saído do seu lendário triunfo sobre Al Capone.

Ao mesmo tempo, começam a ser descobertos partes de corpos desmembrados, torsos decapitados que não revelam pistas sobre a identidade da vítima.

Fonte: imagem do livro
 

Eliot Ness e a sua nova equipa investigam durante anos, percorrendo as zonas mais pobres de Cleveland, com muitos obstáculos e conflitos pelo meio, a maioria políticos.

O Eliot Ness aqui ilustrado difere da figura do cinema: é um tipo calado e racional, que raramente usa a arma.

A história do livro é uma mistura bem conseguida de factos e imaginação, com a segunda bastante mais prevalente.

Torso é um livro muito bem ilustrado, apesar de ter estranhado o estilo de desenho ao início. A história e o tom são 100% noir.

*****
(muito bom)

21 de fevereiro de 2024

A pediatra

  


Autor: Andréa del Fuego

Género: Romance

Idioma: Português (Brasil)

Páginas: 208

Editora: Companhia das Letras (Kindle)

Ano: 2022

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À data deste apontamento, A pediatra é o mais recente título publicado de Andréa del Fuego, pseudónimo de Andréa Fátima dos Santos, escritora brasileira cujo primeiro romance, Os Malaquias, de 2010, venceu o Prémio Literário José Saramago.

A pediatra foi finalista de dois prémios literários.

Cecília, a protagonista, é uma especialista sem vocação (detesta crianças).

Prestes a divorciar-se de um marido deprimido para o qual não tem paciência, rapidamente percebemos que é uma mulher solitária e insolente para com os próximos, a quem manipula e de quem tem uma visão cruel. Aos restantes, apresenta uma postura competente mas distante.

Isto chamou-me a atenção na sinopse do livro. Seria esta personagem fora do padrão habitual capaz de me manter envolvida na história?

É a segunda protagonista antipática que “apanho” num curto espaço de tempo; a outra foi Leda de The lost daughter, de Elena Ferrante.

Cecília é uma vilã sem clichés, com um humor sarcástico e comentários certeiros, inteligente e cheia de recursos. A sua honestidade, por vezes, resvala para a insensatez.

Pediatra com uma abordagem mecânica e desligada (quando os pacientes sofrem de algo que exija mais atenção, rapidamente os envia a um colega), sente-se preterida por um pediatra adepto do “parto humanizado”, que decide investigar e sabotar - estes capítulos são dos melhores do livro.

Paralelamente, desenvolve um apego ao filho do amante, que ajudou a trazer ao mundo. Surpreendida pelo afecto que sente pelo menino, Cecília sente-se mudar por amor a uma criança que não pariu, o que vai agitar a sua rotina.

Escrito em Português do Brasil, há algumas expressões que necessitam de uma espreitadela a um dicionário online, mas nada de mais.

A escrita é diferente, quase sem parágrafos nem travessões para indicar diálogos ou pensamentos. Também se entranha ao fim de umas páginas.

«Atendi os pacientes sem presença. A vantagem da medicina é poder ser quem quiser, santa, desonesta, anarquista, patriota, bipolar, batista ou ateia, penso e sinto o que eu quiser com estetoscópio no pescoço, quem trata não sou eu, é o protocolo, apenas seguir o roteiro da observação clínica, os casos são mais ou menos os mesmos.»

*****
(muito bom)

2 de agosto de 2023

The Kite Runner / O menino de Cabul - novela gráfica

 

Autores: Khaled Hosseini, Fabio Celoni, Mirka Andolfo
Género: Banda desenhada
Idioma: Inglês
Páginas: 135
Editora: Kindle Edition
 Ano: 2011

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Li O menino de Cabul há um par de anos.

Lembrava-me de uma história triste, com um protagonista, Amir, difícil de simpatizar.

A história d'O menino de Cabul transporta-nos ao Afeganistão dos anos 70, antes das ocupações soviética e talibã, onde os meninos protagonistas desfrutam dos seus verdes anos, entre brincadeiras e sonhos inocentes.

O narrador é Amir, mimado e protegido pelo privilégio que lhe confere a riqueza do pai. O seu melhor amigo é Hassan, filho de um criado da casa, analfabeto e desprezado por fazer parte de uma minoria étnica no país (os hazara).

Mas esses anos são determinantes para formar o carácter de Amir, que cresce para se tornar um homem inseguro, cujas escolhas o assombram durante décadas.

Fonte: Imagem do livro
 
O livro original, publicado pela primeira vez em 2003, arrecadou inúmeros prémios literários e foi adaptado ao cinema (2007). Permitiu ainda ao autor, médico de profissão, dedicar-se à escrita a tempo inteiro.

A BD segue fielmente a história, de uma forma mais resumida e com menos nuances. O livro é melhor (quando não o é? excepcionalmente) mas esta é uma boa introdução à história que poderá levar à descoberta do original.
 
Os temas tratados são complexos e emocionalmente pesados, algo a ter em conta para um público jovem a quem se pense, por exemplo, oferecer o livro.
 
Do autor, Khaled Hosseini, li este e A thousand splendid suns / Mil sóis resplandecentes. Ambos bons, preferi este último.

****
(bom)

29 de maio de 2023

The War of Art

  

Autor: Steven Pressfield
Género: Não Ficção

Idioma: Inglês

Páginas: 108

Editora: Fastpencil Inc
(e-book)
Ano: 2010

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The War of Art, com o subtítuloWinning the inner creative battle” é citado com frequência em listas de leitura relacionadas com escrita criativa

Não fiz a ligação à primeira com o autor dos dramas históricos Portas de Fogo e A última Amazona, que li faz anos, mas é o mesmo Steven Pressfield, um escritor bestseller.

The War of Art é um livro curto, com capítulos breves que vão directos ao assunto.

E o assunto é como compreender e combater as barreiras psicológicas que muitos artistas enfrentam para produzirem as suas obras, algo que Pressfield intitula de « resistência ».

Assim, por exemplo, alguém que quer escrever um livro pode desanimar, por achar que não tem nada de novo e/ou relevante a dizer; ou alguém que está a pensar tornar-se freelancer, pode debater-se com dúvidas de que não tem talento suficiente que lhe permita viver da actividade.

O livro envereda, por vezes, por caminhos de auto-ajuda que podem não ser do agrado de alguns. Goste-se, ou não, dessas incursões, rapidamente se volta ao tom motivacional e à abordagem prática - como referi, é um livro curto.

The War of Art identifica como a « resistência » se manifesta e impede o artista de progredir ou acabar a sua obra.

Dá dicas de como a combater e ir além da mesma, misturando conselhos com considerações filosóficas q.b. sobre musas, inspiração e o valor da arte que se produz.

Há partes algo rebuscadas (lembro-me de um parágrafo sobre Hitler ter sido um artista falhado e poder ter canalizado a sua energia desastrosamente – estou a parafrasear), mas, lembremo-nos, o autor é um contador de histórias...

No geral, gostei bastante das metáforas e da mensagem.

****
(bom)

12 de setembro de 2022

The return

   

Autor: Rachel Harrison
Género: Thriller
, Terror
Idioma: Inglês

Páginas: 304

Editora: Berkley (e-book)

Ano: 2020

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Julie desapareceu há muitos meses, e ninguém acredita que voltará.

Ninguém excepto Elise, a sua melhor amiga. É a única. Nem mesmo Molly ou Mae, as outras jovens do grupo, crêem que Julie volte.

Dois anos passados, ela reaparece. Não se lembra de onde esteve nem do que lhe aconteceu.

Elise decide juntar as quatro amigas para um fim-de-semana no 'Red Honey Inn', um hotel original no meio do verde. O tempo agrava-se, várias actividades são canceladas, o grupo reúne-se para comer, beber e conversar. Voltam velhas dinâmicas… mas Julie está diferente.

À medida que o fim-de-semana se desenrola, Elise está convencida de que a Julie que desapareceu não é a mesma Julie que voltou. E não acredita que a amiga não se lembre de nada. Procura então a melhor oportunidade para falar a sós com ela, antes que se pareça cada vez mais com uma estranha, e já nada haja para reatar.

The return combina habilmente thriller e terror psicológico, com várias situações desconfortáveis centradas na relação entre as quatro amigas, diálogos rápidos e uma acção envolvente. Adorei a atmosfera claustrofóbica do livro, com o 'Red Honey Inn' a revelar-se um lugar inquietante.

Este foi o livro de estreia da autora; 4,5 estrelas arredondadas para 5 estrelas.

*****
(muito bom)

19 de junho de 2022

The tiger came to the mountains (Trespass #1)

 

Autor: Silvia Moreno-Garcia
Género: Conto
Idioma: Inglês
Páginas: 28
Editora: Amazon Original Stories (Kindle)
 Ano: 2022

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A chancela Amazon Original Stories lançou uma colecção de contos intitulada "Trespass", disponíveis em e-book e em audiolivro.

A intenção do organizador da colecção, Jeff VanderMeer, foi o de juntar histórias diversas, «que vão do terror ao realismo mágico», escritas por autores bestsellers: Silvia Moreno-Garcia, Stephen Graham Jones, Carmen Maria Machado, Tochi Onyebuchi, Karen Russell e o próprio VanderMeer.

As seis histórias da colecção exploram a relação do Homem com a Natureza, os conflitos que daí advêm e as suas consequências. Cada conto é vendido em separado; para quem tem Amazon Prime, os e-books são gratuitos. 

Comecei pelo primeiro conto: The tiger came to the mountains, de Silvia Moreno-Garcia.

Desta autora, li Mexican gothic, que recomendo, lançado em 2020 e vencedor do August Derleth Award de melhor livro de terror, em 2021

Em The tiger came to the mountains, a acção passa-se em 1917, durante a Revolução Mexicana. A nossa narradora é uma destemida jovem de 13 anos, que a autora baseou numa bisavó que sobreviveu ao conflito armado.

Em menos de trinta páginas, somos imersos no ambiente de medo e privação em que as personagens vivem. O evento central é o título do conto, mas é a luta humana pela sobrevivência durante a guerra o drama central.

Ninguém está a salvo dos soldados que pilham, e agridem, e assassinam. Por isso, quando alguns animais selvagens escapam de um circo, é mais uma história engraçada do que algo que inspire um receio real. Sobreviver à guerra é muito mais importante... e improvável.

O encontro entre o tigre e a protagonista é o ponto alto, mas não o mais intenso. A narradora é precoce, teve de crescer depressa, tem responsabilidades e medos que ninguém tão novo deveria ter. A sua família é formada por mulheres fortes, que têm de gerir os aspectos práticos e cuidar dos membros mais sensíveis, simplesmente porque alguém tem de o fazer.

Moreno-Garcia é uma escritora talentosa que sabe envolver o leitor. A narrativa tem vários aspectos simbólicos e momentos de beleza poética.

«My father had taught me enough about the art of taxidermy. (...) I stuffed what the boys brought me. Except for the rabbits, which I would catch in a snare, and the squirrels, which I killed with my slingshot. I know some softhearted people might think it is cruel to kill a squirrel, but it's crueler still to watch your siblings growing up stunted and skinny. A squirrel's tiny bones may be hard to pick when you are having soup, but hunger is harder.»

Estou entusiasmada em ler os restantes títulos.

O próximo número da colecção é Wildlife, de Jeff VanderMeer.

****
(bom)

8 de maio de 2022

Nevertheless, she persisted

 

Autor: Vários
Género: Antologia
Idioma: Inglês
Páginas: 47
Editora: Tor Books (Kindle)
 Ano: 2020

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Esta antologia reúne vários microcontos (flash fiction, Wikipédia), uma forma de narrativa com vários séculos de história que tem ganho um novo fôlego nos últimos anos.

She was warned. She was given an explanation. Nevertheless, she persisted. 

Este foi o ponto de partida para todos os textos incluídos em Nevertheless, she persisted, uma escolha intencional e baseada numa situação ocorrida em 2017 no Senado norte-americano: a democrata Elizabeth Warren foi silenciada enquanto lia uma carta de Coretta Scott King, viúva de Martin Luther King (notícia), uma acção justificada pelo líder da maioria republicana da seguinte forma: «she was warned. she was given an explanation. nevertheless, she persisted.» (ela foi avisada. foi-lhe dada uma explicação [e] mesmo assim, ela insistiu). Esta última expressão tornou-se viral e foi adaptada por vários movimentos feministas - Wikipédia.

Na altura, o episódio "incendiou" ainda as redes sociais, com várias críticas a serem feitas em defesa da liberdade de expressão, no geral, e ao direito das mulheres a serem ouvidas, em particular, originando debates sobre a igualdade de género.

Uma das suas manifestações no mainstream foi na forma desta antologia, editada por Diana M. Pho e constituída por 11 autoras
, quase todas vencedoras de prémios literários ligados ao género fantástico e à ficção científica. 

Reconheci três dos nomes, mas ainda não lera nada de nenhuma. Abaixo, está o índice e, a negrito, os meus micro contos favoritos:

- Our Faces, Radiant Sisters, Our Faces Are Full of Light!, de Kameron Hurley
- God Product, de Alyssa Wong
- Alchemy, de Carrie Vaughn
- Persephone, de Seanan McGuire
- Margot and Rosalind, de Charlie Jane Anders
- Astronaut, de Maria Dahvana Headley
- More than Nothing, de Nisi Shawl
- The Last of the Minotaur Wives, de Brooke Bolander
- The Jump Rope Rhyme, de Jo Walton
- Anabasis, de Amal El-Mohtar
- The Ordinary Woman and the Unquiet Emperor, de Catherynne M. Valente

O livro foi lançado em 2020, por ocasião do dia da Mulher, e continua gratuito - via Kindle ou online na página da editora. 

Apesar das limitações que a "flash fiction" apresenta em si mesma, mais o facto das histórias, quase todas, começarem com as mesmas três frases, o que traz consigo alguma previsibilidade, Nevertheless, she persisted é uma boa antologia, um excelente exemplo de micro contos de qualidade, todos eles muito bem escritos. 

A diversidade das autoras permite ao leitor a exposição a diferentes vozes e emoções, o formato curto das histórias é ideal para ler num dia ou dosear entre leituras mais longas, e... o livro é grátis.

****
(bom)

22 de abril de 2022

The toll


Autor: Kealan Patrick Burke
Género: Terror
Idioma: Inglês
Páginas: 16
Editora: Cemetey Dance (Kindle)
 Ano: 2012

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Kealan Patrick Burke é um autor de terror do qual fiquei fã na primeira leitura. Dele, destaco Kin e Sour candy.

Na sua biografia, indica que escreveu mais de uma centena de contos de terror - um dos quais estará a ser adaptado ao cinema. Eu estou a anos-luz de os ter lido a todos, mas, até agora, não há um de que não tenha gostado.

Em The toll, o narrador é Miles Camden, um milionário que, numa noite de halloween, acorda num caixão, vários metros abaixo da terra. Perto dele, está um sino que lhe permitiria alertar aqueles que, mais acima, o poderiam socorrer. 

Mas a Miles Camden não ocorre tocar o sino imediatamente. Ao invés, prefere conjecturar sobre quem o terá enterrado vivo, o porquê de o ter feito, e qual será o preço a pagar. Isso leva-o a reflectir nas suas escolhas ao longo da vida, e que culminaram numa existência abastada e solitária.

O protagonista de The toll é um homem ambicioso que fez fortuna sendo implacável. Não nos esconde quem é, e a sua reacção inicial quando acorda num caixão é de admirar a criatividade de quem o fez, o que torna a leitura deste conto muito mais interessante.

Vencedor e várias vezes nomeado para os Bram Stoker Awards,
Kealan Patrick Burke é uma voz muito talentosa dentro do género, com um sentido de humor dark (que aprecio bastante!) que vale a pena descobrir.

*****
(muito bom)

13 de março de 2022

The silence

 

Autor: Don DeLillo
Género: Contemporâneo
Idioma: Inglês
Páginas: 117
Editora: Scribner
 Ano: 2020

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Há anos que queria ler Don DeLillo, mas ainda não tinha calhado.

Depois de ter lido uma crítica cativante no New York Times sobre o seu mais recente livro, comprei The silence.

A história segue cinco nova-iorquinos que combinam encontrar-se para jantar e ver o maior evento desportivo do ano - a Super Bowl. 

Mas um apagão tecnológico repentino vira o mundo de pernas para o ar. Sem electricidade e telecomunicações, a civilização deixa de funcionar, e, com ela, os aviões, os telemóveis, as televisões. A razão nunca é explicada, mas é esta a premissa do livro, que se debruça sobre a solidão e confusão que se seguem ao apocalipse digital.

E é uma boa premissa, mas a execução resulta num livro desordenado. Os diálogos são repetitivos e não parecem relevantes. Há uma desconexão entre as personagens que se transferiu para mim, como leitora. O resultado foi que nunca entrei verdadeiramente na história nem nas considerações feitas pelas personagens que, apáticas, dizem banalidades e, pelo meio, citam Einstein.

Penso ainda que o livro resultaria melhor como uma peça de teatro, tendo em conta a forma como as cenas são apresentadas e a interacção entre as cinco personagens. E, como está, quase que parece o esboço de um livro maior, subdesenvolvido.

The Silence foi lançado umas semanas antes da pandemia covid e Don DeLillo foi elogiado pela sua visão profética. Se juntarmos a isso a presente dependência de milhões de pessoas às redes sociais e ao mundo digital, e a forma como isso afecta a forma como geralmente comunicamos, a clarividência de DeLillo é (ainda) mais louvável. 

Infelizmente, isso não torna o livro menos entediante. No final, o apocalipe digital resulta num tédio silencioso para os protagonistas que, sem ecrãs, não sabem comunicar uns com os outros. Uma ideia provocadora, uma execução infeliz.

Não recomendaria este livro a quem, como eu, nunca leu nada de DeLillo. Apesar de haverem uns quantos parágrafos de que gostei, vou ter de ler outro título dele para comprovar porque é um dos autores mais conceituados da literatura moderna.

Em Portugal, este livro foi editado pela Relógio d'Água.

***
(mediano/razoável)

6 de março de 2022

Miss October #4 - A cop and a gentleman

 

Autores: Stephen Desberg, Alain Queireix
Género: Banda desenhada
Idioma: Inglês
Páginas: 50
Editora: Europe Comics (Kindle)
 Ano: 2018

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No final do livro anterior, foi revelada a identidade do assassino, uma das tramas principais desta série cuja acção é situada na Hollywood dos anos 60. Mas haviam coisas pendentes para fechar neste 4.º livro.

Outras situações foram sendo desenvolvidas paralelamente à história principal, ligadas à rivalidade na polícia, a várias traições, e a inúmeras mentiras. 

Uma delas é o conflito entre os detectives Clegg Jordan e Ariel Samson, que continuam às turras, recorrendo aos estratagemas possíveis para sabotar a carreira do outro. Há um vencedor, embora, no final, ninguém saia verdadeiramente incólume.

Fonte:
comiconline.com

E é esse o tom dark com que a série fecha; o facto de não haver um final feliz para nenhum dos envolvidos confirma que as escolhas feitas têm sempre consequências. 

Algo inevitável com tanta perda e deslealdade presentes ao longo da história, com personagens quase sempre motivadas pela ganância ou pela luxúria.

Fonte:
comiconline.com
 
Gostei da série e do seu tom sombrio, protagonizada por polícias corruptos (encurralados num sistema de corrupação institucional) e femmes fatales que existem num quotidiano de sexo e violência, numa Los Angeles moralmente falida.
 
Fonte:
comiconline.com
 
Este é o último livro de um total de quatro - todos editados em 2018.
 
Podem ler o apontamento aos outros livros da série
clicando nos links respectivos: primeiro, segundo e terceiro.
 
Aconselho a leitura da série Miss October - especialmente recomendada a quem goste de policiais noir.

****
(bom)