Autor: Khaled Hosseini
Género: Romance
Género: Romance
Idioma: Português
Páginas: 333
Editora: Editorial Presença
Ano: 2013
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Páginas: 333
Editora: Editorial Presença
Ano: 2013
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Depois de ter lido A thousand splendid suns, sabia que voltaria a ler Khaled Hosseini, nomeadamente o título que o tornou famoso.
Este livro, publicado pela primeira vez em 2003, arrecadou inúmeros prémios literários e foi daptado ao cinema (2007). Permitiu ainda ao autor, médico de profissão, dedicar-se à escrita a tempo inteiro.
O menino de Cabul - The kite runner, no original - é a história de dois rapazes, Amir e Hassan, com pouco em comum: etnias diferentes (pashtun e hazara), crenças diferentes no Islão (sunita e xiita), estratos sociais díspares (um pai abastado e um pai serviçal); é quando lançam papagaios que se esbate a diferença, animados pelo mesmo fim.
É aquando de uma corrida pela captura de um papagaio que algo acontece que vai mudar para sempre a vida dos dois rapazes. O que acontece naquele dia, num Afeganistão pré-talibã já profundamente desigual, assegura que o rapaz pobre e analfabeto (Hassan) nunca irá além do seu lugar pré-definido e autorizado na sociedade: um excluído de uma minoria étnica e desprezada, sem direitos nem voz.
Amir faz também as suas escolhas, as escolhas de um menino cobarde que crescerá para se tornar num homem cobarde, assombrado décadas fora pelas suas escolhas e pela sua relação com Hassan, mesmo com 12 mil quilómetros de distância entre ambos.
O menino de Cabul tem um protagonista impossível de admirar. Isso tornou-o uma leitura difícil para mim. O tema principal do romance alterna entre a culpa e a redenção mas o caminho é penoso, com várias decisões questionáveis, hipocrisia e falta de tecido moral.
O menino de Cabul tem um protagonista impossível de admirar. Isso tornou-o uma leitura difícil para mim. O tema principal do romance alterna entre a culpa e a redenção mas o caminho é penoso, com várias decisões questionáveis, hipocrisia e falta de tecido moral.
A menção do Afeganistão evoca imagens de guerra, desigualdade social, mulheres veladas e intolerância religiosa. A escrita de Hosseini não é especialmente evocativa e há partes da narrativa algo forçadas e desinspiradas na sua previsibilidade, com personagens muito estereotipadas.
Este livro ficou aquém das expectativas. A sua força reside nos temas e de nos dar a conhecer vários episódios da história e costumes afegãos (o quotidiano durante as ocupações soviética e talibã, o costume abominável de bacha bazi (ainda praticado, apesar da moldura penal!) folclore, etc.).
A thousand splendid suns continua o meu favorito dos dois lidos até agora.
****
(bom)
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