Sangue Impetuoso é o 12.º (o penúltimo) livro da saga Sangue Fresco
e já começo a sentir a nostalgia. Durante meses, deliciei-me com as aventuras da loura (peituda) Sookie Stackhouse, uma empregada de bar do Louisiana que se vê envolvida num mundo sobrenatural que nunca imaginou que existisse, repleto de seres mágicos e aterradores, que usam o seu poder para influenciar terceiros, enriquecer ou ter poder. Ah, Sookie também é uma telepata, o que é mais uma maldição que uma peculiaridade, mas aprendeu a conviver com o seu dom e a usá-lo da melhor forma.
Desta vez, a nossa detective em part-time tem (mais) um homicídio para investigar. Uma rapariga de reputação duvidosa morre numa festa, dada por Eric, para uns vampiros poderosos; Sookie não fica contente com o sucedido, até porque a relação com o vampiro já viu dias melhores, e porque Eric é um animal político, perito em jogadas de bastidores, que parece mais interessado em manter o seu negócio do que em passar tempo com a namorada.
Felizmente, Sookie tem outras coisas a que dar atenção: a sua família fae vive um momento problemático e ela acaba envolvida, para não variar. E claro, não esquecer o cluviel d'or que a avó lhe deixou, um objecto mágico resultado do passado (oculto) da avó Adele, o que vai
levar a revelações surpreendentes relacionadas com o mundo das fadas.
Eu gosto da protagonista e de muitos dos personagens criados por Charlaine Harris, os livros são super divertidos e a saga tornou-se um vício aprazível, mas nota-se alguma dificuldade em manter o interesse e a diversão nestes livros finais.É
compreensível que a autora
esteja a arrematar a história, a mostrar-nos o que a protagonista deseja para o seu futuro (uma família, desfrutar o sol e a vida, estar com os amigos humanos), mas esperava algo mais emocionante e condicente com o habitual; é ainda impossível ficar indiferente às pistas que Charlaine Harris tem "espalhado" nestes últimos 2 livros, o que deixa antever uma história a dar para o morna, na minha opinião.
Sangue Impetuoso tem Sookie, Eric, Pam e o resto da cambada, os cenários são familiares e o tom é fiel à colecção, mas fica aquém dos restantes livros (podem ler um excerto aqui) que li até agora.
avaliação: *** (mediano)