Autor: Guy Gavriel Kay
Género: Fantasia
Idioma: Português
Editora: Livros do Brasil
Páginas: 1076
Preço: € 53 (trilogia)
Idioma: Português
Editora: Livros do Brasil
Páginas: 1076
Preço: € 53 (trilogia)
ISBN: 978-9-72-382602-9 / 978-9-72-382649-4 / 978-9-72-382664-7
Avaliação: ***** (muito bom)
A Tapeçaria de Fionavar é uma trilogia fantástica (em género e qualidade) da autoria de Guy Gavriel Kay (G.G. Kay), composta por três títulos:
1 - A Árvore do Verão
2 - O Fogo Errante
3 - A Senda Sombria
1 - A Árvore do Verão
2 - O Fogo Errante
3 - A Senda Sombria
Assumidamente high fantasy, na melhor tradição tolkieana, foi editada em Portugal pela Livros do Brasil, na colecção Argonauta Gigante, com os números 16, 17 e 18. A Tapeçaria de Fionavar tem a sua história localizada em dois mundos: o nosso mundo (anos 80, quando foram escritos os livros) e Fionavar, «o primeiro de todos os mundos».
A premissa é simples: cinco estudantes universitários são transportados para o primeiro dos mundos, Fionavar, por e a convite de um mago de lá oriundo, Loren Silvercloak, sob o pretexto de participarem na celebração do 50.º aniversário do reinado do Alto Rei.
Porém, quando Rakoth Maugrim, o Desafiador, consegue libertar-se da sua prisão encantada, apercebem-se que têm um papel crucial na luta do Bem contra o Mal. À sua maneira, e à medida da sua intervenção em Fionavar, cada um descobre um destino naquele mundo, em locais diferentes, seja cavalgando ao lado de uma tribo nómada de caçadores (os Dalrei), em busca de aventuras com o princípe Diarmuid, ou na corte do velho rei Ailell.
Prefiro não revelar muito do enredo, pois os livros são muito mais deliciosos de ler sem sabermos os imbróglios onde os protagonistas se vão meter; mas posso recomendar sem reservas e afirmar, com segurança, que o leitor não se irá arrepender.
Confesso que quando comecei a ler o livro, fiquei renitente com o início: ser transportado via magia para outro mundo pareceu-me um pouco forçado, ainda por cima logo na abertura do livro, sem uma introdução no mundo fantástico. Faltou a envolvência inicial, costumeira neste tipo de narrativa. Mas passando essas páginas iniciais, e à medida que a acção começou a evoluir e a história foi ficando consistente, esqueci isso.
São livros bem escritos em prosa fluida, muito bem "entrelaçados" uns nos outros (é visível que G. G. Kay dá atenção aos pormenores), onde os protagonistas - Paul, Kevin, Jennifer, Kim e Dave -, que têm igual valor e importância, contam a história a cinco vozes, mesmo quando algumas vozes intervêem mais do que outras.
Outra coisa que gostei nos livros foi o ritmo rápido; há muito sumo e poucos momentos mortos, não há capítulos "para encher". Achei isso muito positivo, não só porque facilitou a leitura mas também porque apurou o interesse.
A Tapeçaria de Fionavar é uma trilogia populada de muitos valores e emoções: amor, amizade, sacrifício, honra, altruísmo, crescimento pessoal e colectivo. Não há lugares-comuns, as personagens são ricas e empáticas e as suas acções são compreensíveis.
É um livro de fantasia para adultos, cheio de situações que inspiram, alegram, entristecem ou revoltam. G.G. Kay é um escritor muito talentoso, nunca perdendo o fio à meada.
A trilogia, que granjeou alguns prémios, tem um lugar exclusivo no site autorizado do autor.
A premissa é simples: cinco estudantes universitários são transportados para o primeiro dos mundos, Fionavar, por e a convite de um mago de lá oriundo, Loren Silvercloak, sob o pretexto de participarem na celebração do 50.º aniversário do reinado do Alto Rei.
Porém, quando Rakoth Maugrim, o Desafiador, consegue libertar-se da sua prisão encantada, apercebem-se que têm um papel crucial na luta do Bem contra o Mal. À sua maneira, e à medida da sua intervenção em Fionavar, cada um descobre um destino naquele mundo, em locais diferentes, seja cavalgando ao lado de uma tribo nómada de caçadores (os Dalrei), em busca de aventuras com o princípe Diarmuid, ou na corte do velho rei Ailell.
Prefiro não revelar muito do enredo, pois os livros são muito mais deliciosos de ler sem sabermos os imbróglios onde os protagonistas se vão meter; mas posso recomendar sem reservas e afirmar, com segurança, que o leitor não se irá arrepender.
Confesso que quando comecei a ler o livro, fiquei renitente com o início: ser transportado via magia para outro mundo pareceu-me um pouco forçado, ainda por cima logo na abertura do livro, sem uma introdução no mundo fantástico. Faltou a envolvência inicial, costumeira neste tipo de narrativa. Mas passando essas páginas iniciais, e à medida que a acção começou a evoluir e a história foi ficando consistente, esqueci isso.
São livros bem escritos em prosa fluida, muito bem "entrelaçados" uns nos outros (é visível que G. G. Kay dá atenção aos pormenores), onde os protagonistas - Paul, Kevin, Jennifer, Kim e Dave -, que têm igual valor e importância, contam a história a cinco vozes, mesmo quando algumas vozes intervêem mais do que outras.
Outra coisa que gostei nos livros foi o ritmo rápido; há muito sumo e poucos momentos mortos, não há capítulos "para encher". Achei isso muito positivo, não só porque facilitou a leitura mas também porque apurou o interesse.
A Tapeçaria de Fionavar é uma trilogia populada de muitos valores e emoções: amor, amizade, sacrifício, honra, altruísmo, crescimento pessoal e colectivo. Não há lugares-comuns, as personagens são ricas e empáticas e as suas acções são compreensíveis.
É um livro de fantasia para adultos, cheio de situações que inspiram, alegram, entristecem ou revoltam. G.G. Kay é um escritor muito talentoso, nunca perdendo o fio à meada.
A trilogia, que granjeou alguns prémios, tem um lugar exclusivo no site autorizado do autor.