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12 de maio de 2021

Alien: Isolation

 

Autor: Keith R.A. DeCandido
Género: Ficção Científica, Terror

Idioma: Inglês

Duração: 8h e 43m

Editora: Blackstone Audio Inc.

Ano: 2019
 

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Sempre joguei, principalmente no PC. Ao longo dos anos, as consolas foram e vieram, e a Xbox tem-se mantido cá por casa. Foi nela que joguei Alien: Isolation, lançado em 2014, um dos melhores jogos de survival horror de sempre e o melhor videojogo da série Alien
 
Foi uma prenda muito apreciada e, sendo uma grande fã da saga, não descansei enquanto não cheguei ao fim. O jogo é excelente, mexendo com o jogador de uma forma que só o filme original (e a sequela de Cameron) conseguiu - a sensação de claustrofobia, a ansiedade máxima à coca de qualquer ruído do alien e o sobressalto consequente, cada aparição da criatura, é o reviver do terror iniciado por Ridley Scott em 1979. Dei grandes saltos e houve alturas em que não avançava no jogo com medo da criatura, que nos matava das mais variadas formas sempre em close-up (espectacular!). 
 
O ano passado, em pleno confinamento, decidi jogar novamente, e o jogo continua fenomenal: a filha de Ellen Ripley, Amanda, é a figura central e uma heroína de acção que saiu à mãe.

Foi então que descobri que o jogo tinha tido uma adaptação oficial em livro e audiolivro, lançados em 2019. Escolhi ouvir a história.

Não li muitas novelizações até hoje, mas das poucas que li, o saldo foi positivo. Há elaboração de personagens, das suas motivações e características, informações adicionais de situações e eventos que enriquecem o que vimos no ecrã. Mas com esta adaptação, os resultados ficaram aquém. 

É um livro mediano que não faz justiça ao excelente jogo em que se baseia, apesar de dar mais pormenores sobre como Amanda Ripley cresceu sem a mãe e como a situação de pobreza lhe limitou o acesso a uma educação e empregos mehores. Não conheço outros livros do autor, que tem no currículo vários livros de fantasia e ficção científica, mas creio que com outro escritor, Alien: Isolation poderia ser melhor, como o fizeram Alan Dean Foster e Tim Lebbon

Não fiquei surpresa quando li que o autor não jogou Alien: Isolation, porque a tensão ao longo do livro é quase inexistente, várias cenas dramáticas no jogo são reduzidas a um par de linhas e a maioria das personagens têm pouco desenvovimento além da protagonista; pensei que pudesse ser a versão compactada em audiolivro que tivesse cortado algumas partes mas tive a oportunidade de folhear a versão em livro (mais de 300 páginas) e não difere grande coisa - prefiro não o ler num futuro próximo.

A narração, de Sarah Mollo-Christensen, é sem mácula; é isso que eleva o audiolivro a bom em vez de mediano. Ripley out.

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(bom)

29 de dezembro de 2020

Alien: out of the shadows (Canonical Alien Trilogy #1)


 Autor: Tim Lebbon; Dirk Maggs
Género: Ficção Científica, Terror
Idioma: Inglês
Duração: 4h e 31m
Editora: Audible Studios (Audible)
Ano: 2016

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Autor: Tim Lebbon
Género:
Ficção Científica, Terror
Idioma: Inglês

Páginas: 326

Editora: Titan Books (Kindle)
Ano: 2014

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Super fã da saga Alien e recente convertida aos audiolivros, fiz um 2 em 1 lendo o livro e ouvindo o audiolivro.
 
Há uns anos, saiu o primeiro audiolivro de uma trilogia-homenagem à saga iniciada por Ridley Scott em 1979 - apontamento ao filme aqui -, audiolivro esse baseado num livro que saíra dois anos antes.
 
A acção de Alien: out of the shadows passa-se entre os dois primeiros filmes de Scott e de Cameron, Alien e Aliens, respectivamente.

O ano é 2159. 
 
A Marion é uma nave de extracção mineira de trimonite (um material raro e mais precioso do que o diamante); a sua tripulação permanente é escassa e consiste num grupo de apoio médico e técnico aos mineiros que passam o tempo na mina do planeta mais próximo.
 
Quando a Marion perde o contacto com a equipa mineira e intercepta uma gravação onde esta parece estar a ser atacada por uma forma de vida extraterrestre, a tripulação decide isolar-se na Marion e enviar uma mensagem de SOS.
 
É nestas circunstâncias que Ellen Ripley é resgatada pela tripulação da Marion, 37 anos após ter escapado ao massacre na Nostromo.
 
Desiludida por terem passado tantos anos e ansiosa por voltar à Terra e voltar a ver a filha, Ripley rapidamente se apercebe de que as coisas são piores do que pensava. A nave Marion está fora de órbita e numa contagem descrescente para se despenhar no planeta mais próximo. A única escapatória é a nave-irmã da Marion, com aliens adultos a bordo. Ripley não consegue acreditar que sobreviveu a um pesadelo para se encontrar noutro mil vezes pior.

Mas Ripley não é a protagonista de Alien: out of the shadows. Esse papel cabe a Chris Hooper, o engenheiro-chefe da Marion. Prático e um líder nato, vê-se na posição ingrata de resgatar a pequena tripulação sobrevivente e escapar a um grupo de aliens agressivos com ácido nas veias.

Alternados com a acção, o livro tem vários capítulos dedicados aos sonhos de Ripley; estas sequências de sonho quebram um pouco o ritmo do livro. No audiolivro, Ripley tem flashbacks breves que a alheiam momentaneamente do que se passa à sua volta, mas rapidamente desperta pelos seus companheiros de infortúnio - funciona melhor no formato audio.

Há alguma violência e muita tensão, expectável quando se metem xenomorfos ao barulho. A acção é non-stop. A personagem de Ash (o andróide de Alien) "reduzido" a um programa de computador sem corpo físico é melhor desenvolvido no audiolivro e traz grande valor à história. Resulta melhor na série de conflitos por que passam as personagens. O elenco de actores é muito bom e a actriz que interpreta Ellen Ripley tem uma voz quase idêntica à de Sigourney Weaver, o que proporciona uma experiência auditiva aliciante.

Há vários pormenores bem conseguidos, especialmente os relativos à transição de Alien: out of the shadows para o segundo filme da saga, Aliens.

O livro é muito bom e o audiolivro "bebe" daí mas surpreendentemente consegue ultrapassá-lo e resulta melhor. 

Incontornável para os fãs da saga. Segue-se Alien: river of pain.

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(muito bom)