27 de abril de 2014

A marca de Kushiel (série Kushiel #2)


Autor: Jacqueline Carey
Género:
Fantasia
Idioma: Português

Páginas: 416
Editora:
Saída de Emergência

Colecção: Bang
ISBN:  978-989-637220-0
Título original: Kushiel's Dart
Tradução: Teresa Martins de Carvalho
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A série Kushiel está a revelar-se uma das melhores sagas de fantasia que tenho lido, o que torna a leitura excitante e bastante apetecível; foram 416 páginas saboreadas com gosto que me estão a criar expectativas elevadas.

Neste segundo livro, encontramos Phèdre e Joscelin irremediavelmente apanhados numa intriga política de proporções avassaladoras, que ameaça a soberania de Terre D'Ange.

Escravizados pelos nórdicos Skaldi, os dois D'Angeline tentam sobreviver num território hostil, rodeados de estranhos que não os compreendem nem os respeitam. Porém, o seu espírito forte assegura-lhes a sobrevivência e a fuga, e dá-lhes força para tentar impedir uma invasão bárbara que visa destruir tudo o que conhecem e todos os que amam.
 
As aventuras em catadupa, as batalhas sangrentas e as pitadas acertadas de fantasia tornam a leitura viciante e cheia de emoções. A reinterpretação do Cristianismo feita pela autora é inteligente e bem integrada na estória.

Estou a gostar cada vez mais de ler esta saga, que deixa adivinhar excelente horas de leitura. É surpreendente a forma como Jacqueline Carey conseguiu dar uma frescura inesperada às estafadas lutas de poder e intrigas palacianas.


O que nos espera em A marca de Kushiel? Um enredo cheio de acção e emoção, personagens inesquecíveis e uma grande capacidade de descrição de uma autora que nos envolve desde as primeiras páginas.

Se não gostam de uma narrativa complexa, intrincada e com um toque de picante, evitem o livro. Se um conteúdo adulto e uma galeria numerosa de nomes não vos assusta, é dar uma hipótese a esta autora e não adiar a leitura desta saga, cuja narradora, Phèdre, é uma mestre de cerimónias magnífica.

A editora disponibilizou um excerto do livro aqui.

****
(bom)

18 de abril de 2014

O adeus a Gabo aos 87 anos

O mundo ficou mais pobre com a morte de Gabriel García Márquez, ontem, na Cidade do México; o escritor não resistiu a uma pneumonia.

«Mil anos de solidão e tristeza pela morte do maior colombiano de todos os tempos! Solidariedade e condolências a Gabo e família. Os gigantes nunca morrem.», escreveu Juan Manuel Santos, Presidente da Colômbia.  

Nascido em Aracataca em 1927, Gabriel García Márquez foi escritor, jornalista, editor, activista e político. Apaixonou-se à primeira vista por Mercedes Barcha, com quem estava casado desde 1958, e muitas vezes sobreviveu graças à ajuda dos amigos e colegas enquanto escrevia.

Fonte: metro1.br.com
Entre as suas obras mais famosas está Cem Anos de Solidão, que vendeu 30 milhões de cópias e está traduzida em 35 línguas.
 
Memória das minhas putas tristes, editado em 2004, é o último livro de ficção que publicou. Amor em tempos do cólera, Crónica de uma morte anunciada, O general no seu labirinto e Ninguém escreve ao coronel são outros títulos emblemáticos do escritor. Há também a autobiografia, Viver Para Contá-la, de 2002. 
 
A academia sueca, quando lhe atribuiu o prémio Nobel da Literatura, em 1982, justificou-o por na sua obra «se aliarem o fantástico e o real na complexidade rica de um universo poético reflectindo a vida e os conflitos de um continente».

Fontes: DN e no Público.

13 de abril de 2014

Anúncio de um crime

Autor: Agatha Christie
Género:
Policial
Idioma: Português
Editora:
Edições Asa

Colecção: Obras de Agatha Christie
ISBN: 978-972-4129242
Título original: A murder is announced
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Na gazeta da pacata localidade rural de Chipping Cleghorn, é publicado um curioso anúncio, entre as diversas vendas de cães, bijuteria e roupa usada.
 
Anuncia-se um assassinato, a ter lugar em Little Paddocks, sexta-feira 29 de Outubro, pelas 18.30. Amigos, aceitem este convite, será o único.
 
Algumas pessoas não resistem à curiosidade e aparecem em Little Paddocks à hora marcada, tornando-se simultaneamente testemunhas e suspeitas da tentativa de homício de Leticia Blacklock e da morte de um desconhecido abatido a tiro.
 
Gosto dos mistérios onde Miss Marple entra, pois é uma personagem castiça e aparentemente inofensiva, que no final, deixa toda a gente de queixo caído com a sua argúcia.  
 
Anúncio de um crime tem uma boa história, cheia de reviravoltas e revelações, mas peca por empastelar e repetir alguns factos, o que acaba por se tornar aborrecido; afinal, quantas vezes temos de ler quem estava de pé, sentado ou encostado à lareira e quem viu o quê, ao ponto de o sabermos de cor ainda o livro não chegou a meio?
 
Apesar disso, é um bom policial, com um final surpreendente e um criminoso extremamente inteligente, apenas descoberto graças à infalível velhota de St Mary Mead.

Como sempre, (re)ler Christie é um prazer.

****
(bom)

6 de abril de 2014

A casa torta

Autor: Agatha Christie
Género:
Policial
Idioma: Português
Editora:
Edições Asa

Colecção: Obras de Agatha Christie
ISBN: 978-972-4127811
Título original: Crooked house
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O octogenário Aristide Leonides é um imigrante grego que enriqueceu à custa de muito trabalho e alguns negócios duvidosos. Dono de uma grande fortuna, é envenenado na sua mansão, onde vivia com toda a família (a segunda esposa cinquenta anos mais jovem, dois filhos, duas noras, três netos e a cunhada). Qualquer um poderia tê-lo morto e um deles fê-lo. O motivo evidente? Dinheiro, sob a forma de herança. 

O nosso narrador é Charles Hayward, cujo pai é o comissário da Scotland Yard responsável pelo caso, mas que se vê envolvido por causa de Sophia, uma das netas de Aristide Leonides, com quem quer casar. As razões do coração levam Charles a tentar solucionar o mistério quanto antes e usa a sua proximidade à família para tentar descobrir qual dos impiedosos Leonides assassinou o patriarca da família e porquê.

Devorei os livros d'A Dama do Crime na minha adolescência e é bom relê-los. Adoro policiais e os livros de Agatha são intemporais, já para não mencionar que Poirot é o meu detective favorito, embora esteja ausente deste livro.

A história é boa, a identidade do assassino não é a mais surpreendente mas o final é forte.

Tido como um dos favoritos de Agatha Christie, A casa torta não é, porém, um dos meus preferidos, apesar de ter a qualidade habitual a que a Dama do Crime nos habituou.

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(bom)