Autor: Barbara Michaels
Género: Fantástico
Idioma: Português
Editora: Planeta Editora
Páginas: 270
Preço: € 12,60 (requisitado da biblioteca municipal)
Género: Fantástico
Idioma: Português
Editora: Planeta Editora
Páginas: 270
Preço: € 12,60 (requisitado da biblioteca municipal)
ISBN: 978-9-73-11064
Avaliação: * (a evitar)
Numa escura, húmida, noite de nevoeiro, um pequeno grupo de intelectuais reúne-se num clube masculino exclusivo. Chegam envoltos nos seus abafos dispendiosos, com o pretensiosismo de quem sabe mais que a maioria.
Deste grupo, que se junta periodicamente para discutir acontecimentos paranormais, fazem parte o famoso ilusionista Houdini e o afamado Sir Arthur Conan Doyle (criador do celebérrimo Sherlock Holmes).
Avaliação: * (a evitar)
Numa escura, húmida, noite de nevoeiro, um pequeno grupo de intelectuais reúne-se num clube masculino exclusivo. Chegam envoltos nos seus abafos dispendiosos, com o pretensiosismo de quem sabe mais que a maioria.
Deste grupo, que se junta periodicamente para discutir acontecimentos paranormais, fazem parte o famoso ilusionista Houdini e o afamado Sir Arthur Conan Doyle (criador do celebérrimo Sherlock Holmes).
Outros Mundos relata uma dessas reuniões. Num serão frente à lareira, com uma bebida aconchegante no colo, os intelectuais analisam dois episódios distintos: ‘A Bruxa de Bell’ e ‘O Caso Phelps’. O primeiro é a história de um poltergeist que assombra uma família do sudeste americano; o segundo envolve uma família católica a braços com um espírito violento. Depois dos relatos, os membros do clube (todos eles interessados e/ou estudiosos do sobrenatural) discutem e determinam se as assombrações são verdadeiras ou falsas.
Quando li a sinopse, achei que o livro tinha os predicados ideais para uma leitura nocturna inquietante, mas cedo a prometida história de fantasmas se transformou num desencantado virar de páginas.
A forma como se desenrola a acção é extremamente desinspirada. Enquanto lia as análises dos fenómenos feitas pelos membros do "selecto" clube, mais anedótica a história se tornava. Sei que Conan Doyle foi adepto do espiritismo e frequentador assíduo de sessões espíritas - chegou a ser Presidente da Aliança Espírita de Londres -, por isso quando li as passagens em que intervém, espantou-me a falta de lógica. O livro é uma má piada do princípio ao fim, com diálogos secos, chatos, pouco credíveis. Admirou-me ainda que Barbara Michaels escrevesse algo assim; é uma autora consagrada e muito experiente, que assina outro género de livros como Barbara Metz e Elizabeth Peters (não ficção e históricos, respectivamente), todos com imenso sucesso.
O saldo total é um enorme bocejo. Obriguei-me a ler o livro até ao final, talvez à espera de uma reviravolta que não chegou a acontecer. Este livro, bom? Talvez noutro mundo.