Idioma: Inglês
Páginas: 304
Editora: Vertigo
Ano: 2018
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O ano passado, em leituras de BD, foi excelente, com leituras como Pele de Homem,
O jogador de xadrez e O burlão nas Índias.
Por isso, quero continuar a ler mais do género.
Em 2014, juntou-se ao ilustrador Mitch Gerads para criar The Sheriff of Babylon, uma BD inspirada na temporada que King passou no Iraque enquanto operacional.
A história passa-se em Bagdade, em 2004, nos anos imediatos à queda de Saddam Hussein. As forças americanas “controlam” o Iraque, e o protagonista, o ex-polícia Christopher Henry, tem a missão de treinar a nova polícia iraquiana.
Fonte: imagem do livro |
Quando dois soldados americanos encontram o corpo de um dos indivíduos treinados por Henry, este é chamado para recuperar o corpo e devolvê-lo à família. Ele decide iniciar uma investigação, que se revela cheia de perigos e intrigas, e que o leva a cruzar-se com vítimas da guerra, criminosos, espiões e agentes duplos.
As
ilustrações de The
Sheriff of Babylon são excelentes, vívidas na forma como retratam a extensão da
guerra e das suas atrocidades.
Os diálogos são bons mas um pouco
confusos, assim como a acção. O tom é bastante político e demora o
seu tempo a desenvolver, e as coisas só aceleram na segunda parte do livro (que tem 300 páginas).
Fonte: imagem do livro |
O final não é claro mas acho que compreendo o objectivo: não há lados certos nem errados em conflitos armados e há muito "cinzento" no que se segue quando o vencedor controla a narrativa. Levanta várias questões e salda-se numa leitura desconfortável, o que considero positivo.
Creio
que uma segunda leitura ajudaria, mas é um livro longo e escolho não
investir mais tempo nele. Mas recomendo-o na mesma; os livros não têm
de ser excelentes para merecerem ser recomendados.
****
(bom)