Autor: Jo Baker
Género: Romance
Idioma: Português
Páginas: 392
Editora: Editorial Presença
Ano: 2014
ISBN: 978-989-2334264
Editora: Editorial Presença
Ano: 2014
ISBN: 978-989-2334264
Título original: Longbourn
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Sou mais uma das inúmeras fãs de Jane Austen (supresa!) e da sua obra maior: Orgulho e Preconceito. No meio literário há várias obras derivadas da sua obra-prima, escritas por autores mais ou menos conhecidas do grande público, das quais li A independência de uma mulher, de Colleen McCullough, e Morte em Pemberley, de P.D. James. Achei os dois livros fracos mas não foi por isso que deixei de dar uma oportunidade a Longbourn: Amor e Coragem quando li a contracapa.
O texto elogiava a proeza da autora em pegar no clássico de Austen e reimaginá-lo a partir do ponto de vista dos criados: «enquanto no andar de cima tudo gira em torno das perspetivas de casamento das meninas Bennet, no andar de baixo os criados vivem os seus próprios dramas pessoais, as suas paixões e angústias.» Pareceu-me interessante ao ponto de investir o meu tempo e dinheiro nesta «comédia social inteligente».
O livro tem algumas partes bem conseguidas: a personagem principal, Sarah, é apelativa e de uma enorme sensibilidade e é uma narradora competente - o «ponto de vista dos criados» é basicamente o seu (vá, a outra criada, Polly, tem algumas intervenções, mas são breves e muito espaçadas) -; e a descrição acerca das diferenças de classes é interessante. Menos positivo são as referências às personagens de Jane Austen, pouco abonatórias, principalmente para com as irmãs Bennet mais velhas, o que deturpa as personagens originais. No seu todo é um livro maçador, ao que não ajuda ser longo demais, o que me obrigou a avançar apenas meia dúzia de páginas em vários serões.
Jane Austen foi única e não estou à espera de encontrar um livro que se compare a Orgulho e Preconceito; isso seria bacoco. Mas um que fosse bom já seria bem-vindo.
O livro tem algumas partes bem conseguidas: a personagem principal, Sarah, é apelativa e de uma enorme sensibilidade e é uma narradora competente - o «ponto de vista dos criados» é basicamente o seu (vá, a outra criada, Polly, tem algumas intervenções, mas são breves e muito espaçadas) -; e a descrição acerca das diferenças de classes é interessante. Menos positivo são as referências às personagens de Jane Austen, pouco abonatórias, principalmente para com as irmãs Bennet mais velhas, o que deturpa as personagens originais. No seu todo é um livro maçador, ao que não ajuda ser longo demais, o que me obrigou a avançar apenas meia dúzia de páginas em vários serões.
Jane Austen foi única e não estou à espera de encontrar um livro que se compare a Orgulho e Preconceito; isso seria bacoco. Mas um que fosse bom já seria bem-vindo.
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(mediano/razoável)