Autor: Colleen McCullough
Género: Romance
Idioma: Português
Editora: Bertrand Editora
Páginas: 384
Preço: € 17
ISBN: 978-9-72-252196-3
Título original: The independence of Miss Mary Bennet
Título original: The independence of Miss Mary Bennet
Avaliação: ** (fraco)
Para quem gostou de ler Orgulho e Preconceito (OeP), torna-se natural procurar livros derivados do clássico de Jane Austen. E há muitos, embora os títulos traduzidos em Portugal sejam escassos.
A independência de uma mulher centra-se no patinho feio das irmãs Bennet, Mary, a mesma que no livro original, teve uma dúzia de falas azedas e foi retratada como uma tótó religiosa e anti-social, a quem horrorizavam trivialidades como roupa, bailes e flirts. Este livro compensa isso, é todo sobre Mary. O facto de ser escrita pela autora de Pássaros Feridos e da saga Roma aguçou-me a curiosidade.
A acção passa-se 20 anos após o final de OeP, e encontramos as quatro irmãs emparelhadas, enquanto a solteirona Mary tem o encargo de tratar da mãe viúva. A matriarca foi mantida afastada da vida social numa casa longe de Londres (e Pemberley) por vontade e sentença de Darcy, que neste livro se revela um tirano calculista da pior espécie, cuja única ambição é a ascensão política.
Mary é a única companhia da mãe, tem 38 anos e ideias bastante diferentes do que lhe conhecemos em OeP. Diferente também está Lizzie, que vive um casamento de fachada com Darcy. Jane é uma máquina de fazer bebés incessante, Lydia tornou-se uma alcoólica libertina e Kitty é uma viúva milionária. Quando a mãe morre, Mary decide viajar pelo país e escrever um relato do drama dos pobres, mas as suas viagens de pesquisa irão colocar em risco a sua própria vida, o que leva a algumas peripécias.
Mary é a única companhia da mãe, tem 38 anos e ideias bastante diferentes do que lhe conhecemos em OeP. Diferente também está Lizzie, que vive um casamento de fachada com Darcy. Jane é uma máquina de fazer bebés incessante, Lydia tornou-se uma alcoólica libertina e Kitty é uma viúva milionária. Quando a mãe morre, Mary decide viajar pelo país e escrever um relato do drama dos pobres, mas as suas viagens de pesquisa irão colocar em risco a sua própria vida, o que leva a algumas peripécias.
O livro é infinitamente longo, o que seria de louvar se a história fosse deliciosa como Orgulho e Preconceito. Se fosse, porque não o é. Houve momentos da leitura tortuosos, porque simplesmente não tinha interesse em saber o que aconteceria. Não me vou alongar a falar da deturpação das personagens e do tom melodramático adoptado porque foi um rumo criativo que Colleen decidiu seguir e que poderia ter resultado com outro tema, mas aqui não resultou. Simplesmente, há caminhos que a autora decidiu seguir que são patetas e que não destoariam num romance de cordel; aqui caem muito mal.
Há uma versão de bolso deste livro, por 9€. Para quem não acredita que possa ser um livro fraco e quiser ler para crer, é uma opção mais em conta.