24 de abril de 2025

O adeus a Mario Vargas Llosa aos 89 anos (1936-2025)

 

Fonte: Imagens Google

Nascido a 28 de Março de 1936, em Arequipa, Peru, Mario Vargas Llosa foi um escritor, ensaísta, político, jornalista e professor universitário.

Viveu em Paris, Atenas, Londres, Madrid e Barcelona.

Aclamado como um dos romancistas mais importantes da América Latina, é conhecido pelas obras A cidade e os cães (1963), A casa verde (1966), Conversa n’A Catedral (1969), e A Tia Julia e o Escrevedor (1977).

Vargas Llosa soube desde muito jovem que queria ser escritor.

Como muitos intelectuais da altura, apoiou Fidel Castro e a Revolução Cubana.  Anos mais tarde, desiludido com a ideologia, viria a adoptar posições liberais, tendo-se candidatado à presidência do Peru como candidato de direita em 1990, numa eleição ganha por Alberto Fujimori – um engenheiro agrónomo de ascendência japonesa.

Fonte: Imagens Google

Entre os muitos prémios que recebeu contam-se o Rómulo Gallegos (1967), o Príncipe das Astúrias (1986), o Cervantes (1994), e o PEN/Nabokov (2002).

Em 2010, o escritor foi distinguido com o Nobel da Literatura.

A Academia Sueca recorda Mario Vargas Llosa como «o coração» do boom latino-americano”, considerando que «a sua obra reflecte o seu profundo amor pela narrativa, caracterizada por uma riqueza de linguagem e uma variedade de géneros, desde livros autobiográficos e romances históricos até à ficção erótica e thrillers», uma extensa obra que inclui mais de 30 romances, bem como peças de teatro, ensaios, crítica literária e peças jornalísticas.

Mario Vargas Llosa morreu a 13 de abril de 2025, vítima de infecção pulmonar.

Fontes: Wikipédia e BBC


Fonte: Imagens Google

8 de abril de 2025

Borboleta

     



Autor: Madeleine Pereira
Género: Banda desenhada
Idioma: Português
Páginas: 176
Editora: Edições Asa
Ano: 2025

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Madeleine Pereira, autora luso-descendente, nasceu em 1997 em Paris. Mora em Angoulême, a capital francesa da Banda Desenhada.

Borboleta é a sua estreia como ilustradora.

A BD foca-se, principalmente, na história de Madeleine, e na do seu pai, que emigrou para França em 1973, fugindo ao Estado Novo. O pai sempre hesitou em falar do seu país natal e da sua infância sob a ditadura.

Assim, o livro foi uma oportunidade para a artista conhecer melhor o país das suas raízes e a sua História, assim como parte das crónicas da comunidade portuguesa que emigrou para França nas décadas de 1960 e 1970.

Fonte: imagem do livro

Em Borboleta, que combina (auto)biografia e ficção, Madeleine Pereira ilustra a repressão da ditadura, o medo dos jovens de serem chamados para a Guerra Colonial, e a vida e os costumes numa sociedade autoritária. Fala ainda do preconceito dos franceses pelos emigrantes.

Para recriar visualmente o que lhe foi contado, a autora recorreu a fotografias de família, a documentos do Museu do Aljube e a imagens de arquivo da RTP.

Desenhado a lápis de cor e a caneta preta, Borboleta é um livro muito bonito que retrata um pedaço de História da Diáspora portuguesa.

Recomendadíssimo.

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(muito bom)