domingo, julho 21, 2019

Lock every door


Autor: Riley Sager
Género: Thriller
Idioma: Inglês
Páginas: 384
Editora: Dutton (Kindle)
Ano: 2019
ASIN: B07J4719TX
---


Sou uma fã de Riley Sager desde a sua estreia com Final girls, cujos direitos para adaptação ao cinema foram adquiridos pela Universal Pictures no mesmo ano em que foi publicado. Assim que saiu o seu segundo livro, The last time I lied, li-o também de uma assentada.

Previsivelmente, assim que este livro ficou disponível no início de Julho, "devorei-o", confirmando Sager como um dos meus autores favoritos de thrillers. Três livros e vibrei com todos.

Se o primeiro livro de Sager apelava à figura da "final girl" dos filmes de terror - dos quais sou uma fã confessa -, este Lock every door vai um pouco mais ao pormenor desse imaginário de horror, com nuances da história d'A semente do diabo, o filme-ícone de Roman Polanski, e um ambiente hitchcockiano; com uma fórmula desta, o que pode falhar?!

Jules Larsen, recém-desempregada e sem namorado, vê cair-lhe no colo uma oportunidade dourada: é contratada para tomar conta de um apartamento numa das zonas mais exclusivas de Manhattan, com uma vista desafogada para o Central Park. O salário é bom e a tarefa é ideal para alguém que precisa de se reorganizar e procurar um emprego na metrópole que nunca dorme. O contrato é para três meses, enquanto os herdeiros do apartamento organizam a mudança. Entretanto, as regras do condomínio têm de ser respeitadas, e é aí que surge a necessidade dos apartamentos não estarem desocupados. No Bartholomew, tudo é opulento: a arquitectura, os moradores, as rendas; e as regras reflectem a exclusividade do edifício.

E são várias as regras. As visitas por pessoas externas são interditas. O empregado deverá pernoitar sempre no apartamento. Não se devem incomodar os outros moradores (a maioria celebridades). Jules diz que sim a tudo, movida pela necessidade e falta de opções - o que é uma mão cheia de regras comparadas com o cenário de continuar a dormir no sofá da sala da melhor amiga e contar tostões para sobreviver?

Nos seus primeiros dias, Jules conhece outra apartment-sitter, Ingrid, que lhe confidencia que o Bartholomew não é o que parece e que a fachada gótica imponente esconde uma história arrepiante de homicídios e suicídios. Jules não dá grande crédito a estas superstições... até ao dia seguinte, quando Ingrid desaparece.

E é ao tentar descobrir o paradeiro de Ingrid que mergulha no passado sombrio do edifício, numa sucessão de capítulos férteis em revelações e alguns sustos. Jules vai descobrir que o que parece bom demais para ser verdade, é-o efectivamente, e que ela própria poderá estar em risco.

Pelo caminho, a história desenrola-se num misto de sobressaltos e alguns arrepios. Algumas personagens, e as suas intenções, são algo óbvias desde o início mas isso não diminui em nada o ritmo da estória.


Já perto do fim, estando embalados e dispostos a apostar no final, surge uma reviravolta inesperada; Riley Sager não desilude.



*****
(muito bom)

sexta-feira, julho 12, 2019

In strangers' houses (Lena Szarka #1)


Autor: Elizabeth Mundy
Género: Policial
Idioma: Inglês
Páginas: 272
Editora: Constable
Ano: 2018
  ---

Livro de estreia da autora Elizabeth Mundy, In strangers' houses apresenta ao público a detective amadora Lena Szarka, imigrante húngara no Reino Unido que trabalha como mulher de limpeza.

Quando a amiga e companheira de casa de Lena, Timea, é encontrada morta a flutuar no Tamisa, Lena revolta-se contra a hipótese de suicídio ou acidente e promete encontrar o culpado.

O seu desejo em encontrar o assassino da amiga levam-na a iniciar uma investigação por conta própria, começando pelas casas de alguns clientes de Timea que poderiam estar envolvidos em situações mais duvidosas. Com um acesso privilegiado às suas casas (e vidas), os resultados não tardam a aparecer, revelando possíveis pistas que Lena partilha com a polícia.

É nessa altura que um polícia novato é "cedido" para ouvir Lena e as suas teorias, e juntos vão continuar a investigar e fazer o possível para que a justiça seja feita.

O livro é um policial leve que se revelou a escolha certa para uma leitura de Verão. Lena é perspicaz e determinada e acerta na mouche várias vezes. É teimosa e trabalhadora, movida pelo amor a Timea e decidida a desvendar o porquê da morte prematura de amiga.

Um par de personagens são pouco mais do que estereótipos mas In strangers' houses foi uma boa descoberta e espero ler mais aventuras de Lena Szarka no futuro - o que não há-de demorar muito visto que o segundo livro já está disponível.


***
(mediano/razoável)