Idioma: Inglês
Páginas: 352
Editora: Picador
Ano: 2016
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Aravind Adiga ganhou o Man Booker Prize com o seu romance de estreia, em 2008, O tigre branco.
Eu adorei o livro e, naturalmente, pus uns quantos títulos do autor na minha lista de livros a ler.
Quando vi Selection day na lista de novas aquisições da biblioteca, li a sinopse de fugida e trouxe-o comigo. Um mês não chegou para o ler, e tive de fazer um esforço para o acabar.
Manju Kumar tem quatorze anos, e ele e o irmão mais velho, Radha, jogam críquete, por pressão pelo pai. Radha tem um talento natural mas Manju gosta de outras actividades e gostaria de descobrir muitas mais, mas...o pai tem o plano de tornar Radha o melhor jogador de críquete, com Manju num honroso segundo lugar, e isso implica dedicação e disciplina.
Um dos temas principais do livro é o sonho da profissionalização através do críquete ser para os miúdos indianos a oportunidade de escaparem a uma vida de miséria. É ainda explorado o tema da homossexualidade (numa sociedade que a classifica como um desvio), as angústias adolescentes, a rivalidade entre irmãos e as expectativas dos pais em relação aos filhos.
Escrito assim, Selection day resulta num resumo interessante mas a leitura é penosa. Não tem a mordacidade d'O tigre branco e as personagens não nos prendem, apesar dos capítulos iniciais serem bons. O último terço do livro foi o mais complicado de ler, pelo ritmo e por falta de interesse em saber o que aconteceria.
Soube, entretanto, que houve uma adaptação desta história ao pequeno ecrã, pela Netflix.
Recomendo a leitura d'O tigre branco sem pestanejar. Não vou desistir de ler Aravind Adiga. Mas Selection day saldou-se, infelizmente, numa leitura aborrecida.
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(mediano/razoável)