Autor: Elena Ferrante
Género: Romance, Contemporâneo
Idioma: Inglês
Páginas: 148
Editora: Europa Editions
Ano: 2008
Título original: La figlia oscura
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Autora bestseller, famosa pela sua tetralogia napolitana (um sucesso adaptado pela HBO), Elena Ferrante é o pseudónimo de uma escritora italiana, cuja identidade é mantida em segredo absoluto.
Na minha estreia a lê-la, escolhi este livro por ser um dos mais curtos e por ter sido adaptado ao cinema – conto ver o filme.
The lost daughter centra-se em Leda, uma professora universitária perto dos cinquenta, que decide fazer umas férias sozinha, aproveitando o facto das suas duas filhas adultas se terem mudado para outro país e ela poder, enfim (palavras dela), desfrutar de uma vida solitária.
Atenta às interacções das pessoas que vê na praia todos os dias, chama-lhe a atenção Nina e a filha, Elena, e a boneca que a pequena leva para todo o lado. A curiosidade de Leda torna-se uma obsessão, ao ponto de Leda roubar a boneca da criança, o que vai despoletar várias situações.
A história é bastante introspectiva, com Leda a revelar-se uma protagonista pouco simpática, que tem uma visão de si mesma crua e intransigente.
Os temas centram-se nas relações mãe-filha, na maternidade e na condição feminina. A história avança lentamente, com Leda a reflectir nas escolhas que fez no passado, como a sua vida mudou quando se tornou mãe, e como é viver a solo agora que as filhas cresceram.
The lost daughter salda-se num bom livro e numa leitura desconfortável.«My only obligation with regard to the girls was to call once a day to see how they were, what they were doing (…) They called me often too, especially Bianca, who had a more imperiously demanding relationship with me, but only to know if blue shoes would go with an orange skirt, if I could find some papers left in a book and send them urgently, if I was still available to be blamed for their rages, their sorrows (…).»
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(bom)