Género: Banda desenhada
Idioma: Português
Páginas: 52
Editora: Kingpin books
Ano: 2013
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David Soares é um dos meus autores portugueses favoritos. É a primeira vez que o leio em formato banda desenhada.
Uma frase na contra-capa marca o tom: «qual é a diferença entre a imaginação e a loucura?»
Dois homens num asilo tentam comunicar, entre si e com o mundo, da melhor forma que podem, privados de coerência e em vão porque «a loucura é uma antilinguagem porque não permite a comunicação».
Sozinhos dentro do seu próprio mundo, existem em solidão. Através dos excelentes desenhos de Pedro Serpa, vemos os seus pensamentos, memórias e emoções.
Escrever sobre a saúde mental é delicado. Continua um tema tabu para muitas pessoas e permanece um enigma para as pessoas que a acompanham e tratam, a crer pelos artigos publicados pelos especialistas.
Como ponto menos conseguido, tenho a apontar um uso excessivo de vocábulos empolados em várias frases seguidas, que obrigam a uma pausa na leitura para reflectir, tentar perceber pelo contexto ou mesmo procurar o significado num dicionário (guilty!). Talvez seja para demonstrar como falar sobre a doença mental é um desafio e muito pouco perceptível.
«Porque nada é mais cintilante que o fogo da criação. Nada brilha com mais radiância. E, no entanto, nada é mais frágil que esse fogo. Nada é mais efémero.» (página 26)
Palmas para o Esquilo é mais uma prova do imenso talento deste autor.
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(bom)
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