Autor: Dan Simmons
Género: Terror
Idioma: Português
Páginas: 296
Editora: Clássica Editora
Ano: 1993
Género: Terror
Idioma: Português
Páginas: 296
Editora: Clássica Editora
Ano: 1993
ISBN: 978-972-561215-6
Título original: Song of Kali
Tradução: João Barreiros
Título original: Song of Kali
Tradução: João Barreiros
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Este livro foi o primeiro que li de Dan Simmons, na primeira vez que fui de férias com a minha cara-metade, na primeira (e única) vez que acampei. Ufa. Na altura, já lá vão uns anitos, gostei menos do livro; ao relê-lo recentemente, descobri outras cores e novos arrepios.
Robert Luczak, poeta, jornalista e editor, é enviado a Calcutá para recuperar um manuscrito inédito do poeta indiano M. Das, desaparecido há dez anos. Leva consigo a esposa indiana, Amrita, e Victoria, a filha bebé. Desde o início Calcutá revela-se hostil, ameaçadora e sombria. Amrita não reconhece ali a Índia onde nasceu e Luczak não compreende a falta de humanidade e a imundície que envolve tudo. As descrições que ele faz tornam Calcutá repugnante, como se fosse o último lugar onde se quer estar.
Este é o ponto forte do livro, com Calcutá a tornar-se uma personagem central, uma antagonista implacável para aqueles que a habitam e visitam, nomeadamente para Luczak, que percebe rapidamente a dificuldade da tarefa que lhe coube, navegando numa cidade deprimente e escura.
Um dos pontos menos conseguidos é a tradução e algumas gralhas, quiçá devido ao ano da edição. A história não sofre com isso, mas distrai-nos da leitura momentaneamente. A capa é folclórica na sua recriação da figura de Kali. Perdeu-se uma boa oportunidade de inspirar no leitor o temor que o narrador menciona quando na presença da deusa. Para compensar isso, utilizei as várias memórias que tenho do filme Indiana Jones e o Templo Perdido, um dos meus filmes favoritos de miúda. É apenas um extra, uma vez que Simmons é um mestre a descrever vividamente tudo o que o protagonista vê e percepciona. A acção é uma espiral descendente, com algumas surpresas e algum mistério, presidida pela deusa hindu da morte e da destruição.
Este é o ponto forte do livro, com Calcutá a tornar-se uma personagem central, uma antagonista implacável para aqueles que a habitam e visitam, nomeadamente para Luczak, que percebe rapidamente a dificuldade da tarefa que lhe coube, navegando numa cidade deprimente e escura.
Um dos pontos menos conseguidos é a tradução e algumas gralhas, quiçá devido ao ano da edição. A história não sofre com isso, mas distrai-nos da leitura momentaneamente. A capa é folclórica na sua recriação da figura de Kali. Perdeu-se uma boa oportunidade de inspirar no leitor o temor que o narrador menciona quando na presença da deusa. Para compensar isso, utilizei as várias memórias que tenho do filme Indiana Jones e o Templo Perdido, um dos meus filmes favoritos de miúda. É apenas um extra, uma vez que Simmons é um mestre a descrever vividamente tudo o que o protagonista vê e percepciona. A acção é uma espiral descendente, com algumas surpresas e algum mistério, presidida pela deusa hindu da morte e da destruição.
A canção de Kali é uma leitura atmosférica e envolvente, com um desfecho que pedia mais impacto; gostei de algumas partes terem ficado em aberto.
Sigo para outros autores, mas em breve voltarei a Dan Simmons.
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(bom)
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