Autor: Lauren Weisberger
Género: Literatura Light
Idioma: Português
Páginas: 366
Editora: Editorial Presença
Ano: 2003
Género: Literatura Light
Idioma: Português
Páginas: 366
Editora: Editorial Presença
Ano: 2003
ISBN: 978-972-2331944
Título original: The devil wears Prada
Tradução: Maria do Carmo Figueira
Título original: The devil wears Prada
Tradução: Maria do Carmo Figueira
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O diabo veste Prada é a história de Andrea Sachs, 23 anos, rapariga certinha, cheia de sonhos e aspirações, cujo maior desejo é trabalhar numa das publicações que admira, escrevendo peças jornalísticas.
Num golpe de sorte, a recém-licenciada consegue rapidamente o seu primeiro trabalho: assistir Miranda Priestly ("A" editora de moda) na Runway ("A"
revista de moda), «um emprego pelo qual um milhão de jovens mataria». Os RH avisam que Miranda tem fama de ser exigente, mas que Andrea não estranhe muito. Apesar de nunca ter lido a Runway nem nunca ter ouvido falar da sua chefe, a jovem está optimista e quando lhe dizem que quem desempenha a função com competência durante um ano, tem a oportunidade de trabalhar em praticamente qualquer revista ou jornal que queira, pois Miranda conhece toda a gente e todos a querem agradar, a moça dedica-se a 100%.
Andrea apercebe-se que o ano vai ser longo e complicado desde o primeiro dia, num ambiente hostil e fashion que não combina com ela e onde a maioria das pessoas respira moda e goza com os modelitos da protagonista. Miranda revela-se uma mulher inacessível, de rituais definidos e que não admite ser abordada. As suas assistentes têm de estar disponíveis 24 horas por dia e ser inventivas, desempenhando tudo o que é pedido sem questionar ou falhar, mesmo as coisas mais absurdas (e há umas quantas).
Andrea vai ser testada até ao limite num emprego que lhe exige uma dedicação total mas a que ela se entrega, convicta de que tudo valerá a pena; à sua volta, as relações humanas vão ficando em segundo plano, à medida que Andrea se rende às marcas, à moda e à arte do bem (a)parecer, acabando por aceitar como normal o que antes considerava estranho e colocando a chefe (e os seus muitos desejos e exigências) no centro do seu mundo. No final, vai ter de escolher o que quer, num livro que nunca deixa de ser ligeiro, mesmo quando aborda temas adultos.
Aquando do lançamento do livro, em 2003, toda a gente sabia (apesar da alteração de nomes)
que a protagonista do livro era a própria autora, que a
revista em causa era a Vogue americana e que a "cabra de serviço" era a icónica Anna Wintour. Isso não alterou a minha forma de ler o livro, mas garantiu publicidade à autora e seis meses na lista dos bestsellers.
Este é um dos raros casos em que o filme supera a história original. Isso deve-se em grande parte à excelente Meryl Streep como Miranda Priestly, que dá uma dimensão mais humana à vilã de serviço, afastando-a da caricatura do livro.
Este é um dos raros casos em que o filme supera a história original. Isso deve-se em grande parte à excelente Meryl Streep como Miranda Priestly, que dá uma dimensão mais humana à vilã de serviço, afastando-a da caricatura do livro.
O diabo veste Prada é narrado por uma miúda num tom egocêntrico que acaba por se tornar aborrecido, tal a repetição de queixas e lamúrias a cada linha. Este livro nunca faria grande sentido para mim porque a minha entrada no mundo laboral não foi remotamente parecida, mas a forma de ser de Andrea acaba por se tornar irritantemente imatura e egoísta para qualquer um. No filme, Anne Hathaway é bem mais empática e a história é alterada de forma a ser mais plausível, já para não falar que permite ter uma maior percepção do peso da indústria da moda (e da competição feroz), passando a mensagem de uma forma mais inteligente que o livro.
Repito que é caso raro: prefiro o filme mil vezes.
***
(mediano/razoável)
2 comentários:
A julgar pelo tipo de livros aos quais dás melhores pontuações, não esperava uma opinião muito diferente desta! :) Já o li há uns anos, leitura típica de verão, diria, daquelas em que se leres meia dúzia de páginas "com a cabeça no ar", não é prejuizo grave. Sim, concordo contigo, o filme supera o livro. Num enredo/tema em que a vertente estética é subliminar, a imagem é essencial para se fazer um melhor sentido do mesmo.
Oi! Uma leitura leve, sem dúvida, de um livro que não tenta ir além. Se não tivesse gostado tanto do filme, teria dado uma pontuação menor. ;)
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