Género: Humor
Idioma: Inglês
Páginas: 242
Editora: Picador UK
Ano: 2007
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O que Sacks relata neste livro foram os casos que o fizeram coçar a cabeça em 25 anos de carreira já somados quando o livro foi editado nos anos 80.
O livro divide-se em quatro partes: a primeira lida com as perdas/défices da função neurológica, decorrentes de acidentes ou velhice (lesões raras que resultavam em associar pessoas a objectos - ver o título do livro - ou a formas abstractas, o fenómeno de "membros fantasma", a cegueira selectiva e perdas de memória extremas associadas ao álcool e à má nutrição); na segunda parte fala-se de excessos como o síndrome de Taurette (caracterizado por tiques físicos e vocais - um síndrome explorado em alguns filmes de comédia) - e de neurossífilis, que causa alterações na personalidade; a terceira parte relata os estados de "transporte", ditos oníricos e ausências, manifestados em alucinações e numa hiper-memória; e a quarta parte fala do «mundo dos simples», i.e., autistas e deficientes intelectuais.
Numa vasta galeria de personagens, destaca-se a forma carinhosa como o neurologista encara os seus pacientes, numa mistura de fascínio e curiosidade, mas também respeito. O autor, falecido em 2015, exerceu em vários hospitais de renome dos EUA e do Reino Unido, mas também em sanatórios, tendo visto pacientes de todas as idades e estratos sociais.
A linguagem do livro é técnica q.b., acessível ao leitor médio. Há várias menções a estudos de outros profissionais da neurologia e a devida reverência aos médicos que primeiramente identificaram as condições narradas (A. Luria, Purdon Martin, Tourette).
Sacks confessa em várias pequenas notas que o cérebro humano, com os seus 60% de gordura e triliões de conexões neurais, é realmente fascinante, e que nem os profissionais da área conseguem desvendar muitos dos seus segredos. Graças a eles e ao seu extenso trabalho, vemos alguns deles desvelados.
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(bom)
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