16 de dezembro de 2013

As novas bacantes



Autor: Catherine Clément
Género:
Romance
Idioma: Português

Páginas: 96
Editora:
Edições ASA

Colecção: ASA de bolso
ISBN:  972-41-2099-6
Título original: Les Dames de l'Agave
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Catherine Clément é uma escritora francesa, nascida na Paris de 1939, que se notabilizou na escrita de romances, embora tenha editado várias obras de filosofia, psicanálise e antropologia; entre os seus livros mais conhecidos estão A Senhora, A viagem de Théo e A rameira do Diabo. As novas bacantes é a minha estreia com esta autora.

Descrito na contracapa como «um pequeno divertimento policial», a história do livro passa-se numa aldeia nas margens do rio Loire, cujo nome não é mencionado. Os habitantes vêem a paz abalada por uma seita emergente de mulheres que, à noite, se junta em volta de uma fogueira em honra de Baco.

Ressuscitando o culto, estas mulheres, de todas as idades (algumas, pasme-se!, da própria aldeia), celebram o deus do vinho e dos excessos dançando nuas ao som de tambores, noite dentro, embriagando-se com uvas da vinha morangueira que abunda na região. Os habitantes locais não sabem o que fazer, pois nem o diálogo nem a coacção resultam contra as bacantes.

Nessa altura, chega à cidade o reputado Professor Jean Le Bihouic, que pretende terminar o seu mais recente livro no sossego bucólico. Abandonado pela esposa de décadas por um homem mais novo, o professor não se encontra na melhor forma e espera que um descanso campestre ajude à recuperação. A ilusão não dura muito, pois toda a aldeia se vira para ele, um letrado citadino, para que resolva a situação das bacantes.

Sendo um homem afável e incapaz de dizer não, o professor tenta encontrar uma solução e alia-se ao padre da aldeia e ao presidente da Câmara para descobrir o que se passa, ao mesmo tempo que tenta acabar o livro que o levou ali. O que se segue é uma sucessão de acontecimentos descritos de uma forma bastante castiça e um pouco anedótica, com algumas alusões mitológicas e o final feliz possível.

Sendo um livro de tom ligeiro e com menos de cem páginas, lê-se bem. A história é engraçada e, como policial, é modesto (não há cá Poirot nem detectives privados).

No final, percebemos como a autora quis fazer uma história sobre as eventuais bacantes modernas e não resistiu a dar o seu toque ao mito do rei Penteu, com algumas considerações finais pela voz do protagonista professor.

Um livro engraçado e uma autora a explorar. 


avaliação: *** (mediano/razoável)

2 comentários:

Fiacha disse...

Viva,

Bem estou solidário com estas mulheres, sem duvida :)

Parece ser uma leitura agradável e que se lê muito bem ;)

Bjs

barroca disse...

Acredito que estejas, eh eh eh. ;)

É um livrinho engraçado, lê-se em 2 dias. abraço.