Autor: Filipa Fonseca Silva
Género: Romance
Idioma: Português
Páginas: 172
Editora: Oficina do Livro
Género: Romance
Idioma: Português
Páginas: 172
Editora: Oficina do Livro
ISBN: 978-989-5557-23-3
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Filipa Fonseca Silva conseguiu, com a tradução em inglês de Os Trinta - Nada é como sonhámos (Thirty Something – Nothing’s how we dreamed it would be) um feito histórico: tornar-se a primeira escritora portuguesa no Top 100 da Amazon.
Fiquei curiosa (e contente) com esta excelente notícia, mas como o orçamento não dá para tudo, fui meter o nariz na biblioteca municipal, et voilá!, tinham o livro.
Publicitado como «uma espécie de "Os Amigos de Alex" do século XXI», segue três trintões que integram o mesmo grupo de amigos: Filipe, mulherengo «coleccionador de relações falhadas»; Maria, deixada pelo noivo uns meses antes do casamento; e Joana, uma falsa moralista que casou por interesse.
O livro segue o dia (e a noite) em que o grupo se encontra na casa de Joana, para um jantar de convívio cuja frequência se tornou cada vez mais rara. Pela voz das três personagens, vamos seguindo a forma como vêem aqueles que foram amigos próximos ou conhecidos, questionando e comentando escolhas e formas de ser e de estar.
«Quando é que os amigos deixam de ser aquelas pessoas a quem podemos contar tudo, para se tornarem pessoas com quem temos medo de falar? (...) Lembro-me de poder falar de tudo, descrever sentimentos, chorar ao telefone com as minhas amigas (...) Agora não. Está sempre tudo muito bem, obrigada.»
A escrita da autora é muito visual e a linguagem é actual e moderna. Algumas expressões usadas são tipicamente americanas (traduzidas literalmente para português), e fáceis de identificar para quem conhece a língua do Tio Sam. As personagens têm vozes distintas mas são algo estereotipadas, o que torna difícil a empatia com o leitor mas que facilita a compreensão e o seguimento da acção. A história é previsível mas algumas passagens são boas, principalmente as reflexões mais lúcidas das personagens.
«(...) se eu saísse com o meu eu de agora e com o meu eu de há quinze anos, tenho a certeza de que o puto ganhava. Na altura, lia muitos livros e de autores muito mais interessantes. Escrevia poemas, músicas, cartas de amor para mulheres imaginárias. Via cinema de verdade (...). Tinha uma cultura geral tão boa para um miúdo da minha idade que até chegava a impressionar os amigos dos meus pais, o que na altura me parecia um feito extraordinário. Hoje (...), percebo que não era assim tão difícil impressioná-los.»
Fiquei curiosa (e contente) com esta excelente notícia, mas como o orçamento não dá para tudo, fui meter o nariz na biblioteca municipal, et voilá!, tinham o livro.
Publicitado como «uma espécie de "Os Amigos de Alex" do século XXI», segue três trintões que integram o mesmo grupo de amigos: Filipe, mulherengo «coleccionador de relações falhadas»; Maria, deixada pelo noivo uns meses antes do casamento; e Joana, uma falsa moralista que casou por interesse.
O livro segue o dia (e a noite) em que o grupo se encontra na casa de Joana, para um jantar de convívio cuja frequência se tornou cada vez mais rara. Pela voz das três personagens, vamos seguindo a forma como vêem aqueles que foram amigos próximos ou conhecidos, questionando e comentando escolhas e formas de ser e de estar.
«Quando é que os amigos deixam de ser aquelas pessoas a quem podemos contar tudo, para se tornarem pessoas com quem temos medo de falar? (...) Lembro-me de poder falar de tudo, descrever sentimentos, chorar ao telefone com as minhas amigas (...) Agora não. Está sempre tudo muito bem, obrigada.»
A escrita da autora é muito visual e a linguagem é actual e moderna. Algumas expressões usadas são tipicamente americanas (traduzidas literalmente para português), e fáceis de identificar para quem conhece a língua do Tio Sam. As personagens têm vozes distintas mas são algo estereotipadas, o que torna difícil a empatia com o leitor mas que facilita a compreensão e o seguimento da acção. A história é previsível mas algumas passagens são boas, principalmente as reflexões mais lúcidas das personagens.
«(...) se eu saísse com o meu eu de agora e com o meu eu de há quinze anos, tenho a certeza de que o puto ganhava. Na altura, lia muitos livros e de autores muito mais interessantes. Escrevia poemas, músicas, cartas de amor para mulheres imaginárias. Via cinema de verdade (...). Tinha uma cultura geral tão boa para um miúdo da minha idade que até chegava a impressionar os amigos dos meus pais, o que na altura me parecia um feito extraordinário. Hoje (...), percebo que não era assim tão difícil impressioná-los.»
Os Trinta - Nada é como sonhámos foi uma boa surpresa mas gostava que tivesse sido mais desenvolvido; assim, foi uma leitura light q.b., que me deixou com uma impressão positiva da nossa primeira autora no top mundial da Amazon, que espero que tenha muito mais sucessos futuros. Cá estarei para a ler.
avaliação: *** (mediano)
3 comentários:
Olá,
Gostei de ler o teu comentário e acima de tudo penso ser importante lermos os nossos escritores e divulga-los, pena que não lido tantos quantos desejava, mas ainda assim li alguns :)
Parece que tem potencial, embora podia e devia ter sido melhor desenvolvido, uma escritora a ter em conta, pelo que percebo ;)
A ver se passo com mais regularidade por estes lados :D
Bjs e boas leituras
Claro, há que incentivar a leitura de autores portugueses e esta é uma autora a reter!
Vai aparecendo, senta-te onde quiseres e toma um cafézinho; está à vontade. ;)
Boas,
Fazes bem, se poder faço o mesmo :)
É o que vou fazer venham lá novos comentários ;)
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