Autor: Alissa Nutting
Género: Romance
Idioma: Português
Páginas: 286
Editora: Divina Comédia
Ano: 2013
Género: Romance
Idioma: Português
Páginas: 286
Editora: Divina Comédia
Ano: 2013
ISBN: 978-989-8633330
Título original: Tampa
Título original: Tampa
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Celeste Price tem 26 anos e o seu emprego de sonho: professora de Inglês do ensino secundário. Apesar de ser invulgarmente atraente e ter o conforto financeiro que o seu casamento com um tipo endinheirado lhe confere, Celeste só se sente bem no liceu, rodeada de rapazes de 14 anos, por quem tem uma secreta obsessão sexual.
Sob todo o aprumo e educação, Celeste é uma predadora. Quando decide seduzir Jack, o jovem sente-se nas nuvens, mas não tarda a afundar-se; à medida que a novidade esmorece e o corpo do rapaz começa a ganhar contornos de adulto, Celeste começa a perscrutar as turmas em busca de uma próxima conquista.
A primeira coisa que me chamou a atenção foi a capa, que é genial! Os olhares de curiosidade nos transportes públicos são a prova de que uma imagem vale mesmo mais que palavras...
O livro ser contado do ponto de vista de Celeste é interessante. Sempre achei perturbante ler ou ver algo que tivesse a ver com pedofilia, mas a pedofilia no feminino é um tema pouco debatido e achei que vindo de uma autora que é professora de escrita criativa, teria a rara oportunidade de ler uma história complexa e perceber o que poderá passar-se na mente de uma pedófila.
A autora escolheu aprofundar outros aspectos e o que temos é uma história narrada em tom ligeiro, com linguagem gráfica e muitas descrições sexuais, ao ponto de o livro - espremido - ser apenas isso. De Celeste apenas percebemos que é loura, depravada e de um calculismo atroz. Tudo o que faz e diz é pensado para atingir a satisfação sexual, não restando mais nada.
A autora explora pouco a psique da condição e trata a doença de Celeste como se fosse uma obsessão por álcool ou drogas, estando mais preocupada com o aspecto sensacionalista. As personagens são uni-dimensionais e quando existem situações de elevada carga emocional, a autora limita-se a descrever o «silêncio atónito» e os «olhares incrédulos», descrições pobres perante a magnitude do que se está a passar. A protagonista é uma sociopata e adepta de hebefilia (não uma pedófila); a sua total falta de empatia é assustadora e os capítulos finais, apesar de superficiais, resumem bem a sua vida patética.
Confesso que estive, por duas vezes, para pôr o livro de lado. Com tantos livros bons à espera, não preciso de andar a fazer fretes, mas a curiosidade levou-me a melhor; estive à espera de uma história que não aconteceu.
Fica a certeza que o tema foi tratado de forma trivial e um pretexto para cenas-choque. Não duvido que o livro seja falado e publicitado, mas num par de meses ninguém mais vai se lembrar dele.
Sob todo o aprumo e educação, Celeste é uma predadora. Quando decide seduzir Jack, o jovem sente-se nas nuvens, mas não tarda a afundar-se; à medida que a novidade esmorece e o corpo do rapaz começa a ganhar contornos de adulto, Celeste começa a perscrutar as turmas em busca de uma próxima conquista.
A primeira coisa que me chamou a atenção foi a capa, que é genial! Os olhares de curiosidade nos transportes públicos são a prova de que uma imagem vale mesmo mais que palavras...
O livro ser contado do ponto de vista de Celeste é interessante. Sempre achei perturbante ler ou ver algo que tivesse a ver com pedofilia, mas a pedofilia no feminino é um tema pouco debatido e achei que vindo de uma autora que é professora de escrita criativa, teria a rara oportunidade de ler uma história complexa e perceber o que poderá passar-se na mente de uma pedófila.
A autora escolheu aprofundar outros aspectos e o que temos é uma história narrada em tom ligeiro, com linguagem gráfica e muitas descrições sexuais, ao ponto de o livro - espremido - ser apenas isso. De Celeste apenas percebemos que é loura, depravada e de um calculismo atroz. Tudo o que faz e diz é pensado para atingir a satisfação sexual, não restando mais nada.
A autora explora pouco a psique da condição e trata a doença de Celeste como se fosse uma obsessão por álcool ou drogas, estando mais preocupada com o aspecto sensacionalista. As personagens são uni-dimensionais e quando existem situações de elevada carga emocional, a autora limita-se a descrever o «silêncio atónito» e os «olhares incrédulos», descrições pobres perante a magnitude do que se está a passar. A protagonista é uma sociopata e adepta de hebefilia (não uma pedófila); a sua total falta de empatia é assustadora e os capítulos finais, apesar de superficiais, resumem bem a sua vida patética.
Confesso que estive, por duas vezes, para pôr o livro de lado. Com tantos livros bons à espera, não preciso de andar a fazer fretes, mas a curiosidade levou-me a melhor; estive à espera de uma história que não aconteceu.
Fica a certeza que o tema foi tratado de forma trivial e um pretexto para cenas-choque. Não duvido que o livro seja falado e publicitado, mas num par de meses ninguém mais vai se lembrar dele.
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(fraco)
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