Autor: Norberto Morais
Género: Romance
Idioma: Português
Páginas: 432
Editora: Casa das Letras
Ano: 2013
Género: Romance
Idioma: Português
Páginas: 432
Editora: Casa das Letras
Ano: 2013
ISBN: 978-972-4622439
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O pecado de Porto Negro foi um dos finalistas do prémio literário Leya 2013, no ano em que ganhou o romance Uma outra voz, de Gabriela Ruivo Trindade. Não li este último nem teria tido a oportunidade de ler este, não fosse uma querida colega de trabalho me ter alertado da sua existência (e mo ter gentilmente emprestado).
Segundo romance do autor Norberto Morais, nascido em Calw, O pecado de Porto Negro é uma história de amor, ciúme e vingança, narrada com pormenores deliciosos e uma linguagem exuberante, onde o autor brilha na forma como domina a língua portuguesa e a narrativa, uma demonstração impressionante coroada por passagens que dá gosto ler e reler, o que revela um talento notável para a escrita (de apontar, contudo, nos capítulos iniciais, a repetição de uma expressão que se torna cansativa mas que poderia ter sido evitada por um editor mais sagaz, mas que em nada diminui a qualidade global).
Passada na ilha fictícia de São Cristóvão (algures na América Central), a história remete-nos para os cenários míticos das telenovelas brasileiras das décadas de 80 e 90: climas quentes que atiçam mentalidades conservadoras e (pseudo)religiosas, personagens apaixonadas e apaixonantes que vivem o dia-a-dia com simplicidade e um toque de pimenta, numa combinação irresistível de cheiros, cores e sentidos.
É neste cenário que encontramos o mulherengo Santiago Cardamomo, a tímida Ducélia Trajero e o manhoso Rolindo Face, um trio de protagonistas sólido secundados por um grupo ainda mais admirável: o travesti Chalila Boé, o frio Tulentino Trajero, a implacável madame Cuménia Salles, o sensível Cuccécio Pipi, entre muitos outros, numa galeria notável tão colorida como os seus nomes (adoro os nomes neste livro, geniais!). Norberto Morais dá-lhes vida num colorido linguístico que dá gosto seguir, numa trama bem imaginada.
Há muito pouco que possa acrescentar ao que dezenas de leitores já fizeram melhor do que eu: O pecado de Porto Negro é maravilhoso e prova de que há excelentes novos autores lusos para descobrir.
Tendo em conta a época, fica a recomendação de um excelente presente para um amante de bons livros.
Leiam um excerto aqui.
Segundo romance do autor Norberto Morais, nascido em Calw, O pecado de Porto Negro é uma história de amor, ciúme e vingança, narrada com pormenores deliciosos e uma linguagem exuberante, onde o autor brilha na forma como domina a língua portuguesa e a narrativa, uma demonstração impressionante coroada por passagens que dá gosto ler e reler, o que revela um talento notável para a escrita (de apontar, contudo, nos capítulos iniciais, a repetição de uma expressão que se torna cansativa mas que poderia ter sido evitada por um editor mais sagaz, mas que em nada diminui a qualidade global).
Passada na ilha fictícia de São Cristóvão (algures na América Central), a história remete-nos para os cenários míticos das telenovelas brasileiras das décadas de 80 e 90: climas quentes que atiçam mentalidades conservadoras e (pseudo)religiosas, personagens apaixonadas e apaixonantes que vivem o dia-a-dia com simplicidade e um toque de pimenta, numa combinação irresistível de cheiros, cores e sentidos.
É neste cenário que encontramos o mulherengo Santiago Cardamomo, a tímida Ducélia Trajero e o manhoso Rolindo Face, um trio de protagonistas sólido secundados por um grupo ainda mais admirável: o travesti Chalila Boé, o frio Tulentino Trajero, a implacável madame Cuménia Salles, o sensível Cuccécio Pipi, entre muitos outros, numa galeria notável tão colorida como os seus nomes (adoro os nomes neste livro, geniais!). Norberto Morais dá-lhes vida num colorido linguístico que dá gosto seguir, numa trama bem imaginada.
Há muito pouco que possa acrescentar ao que dezenas de leitores já fizeram melhor do que eu: O pecado de Porto Negro é maravilhoso e prova de que há excelentes novos autores lusos para descobrir.
Tendo em conta a época, fica a recomendação de um excelente presente para um amante de bons livros.
Leiam um excerto aqui.
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(muito bom)
1 comentário:
exelente livro , ótima escrita , aflora todos os sentimentos de acordo com a historia.
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