Autor: Gillian Flynn
Género: Conto
Idioma: Inglês
Páginas: 66
Editora: Weidenfeld & Nicolson (Kindle edition)
Ano: 2015
ISBN: 080-4188971
Editora: Weidenfeld & Nicolson (Kindle edition)
Ano: 2015
ISBN: 080-4188971
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Enquanto a super-talentosa Gillian Flynn (Em Parte Incerta; Objectos Cortantes; Lugares Escuros) não publica outro romance, é deitar a mão ao que aparece.
Assim, quando os queridos da Amazon.com me avisaram que estava disponível uma short story a ser publicada em Novembro, pré-reservei e fui-me entretendo com outras coisas até chegar o dia.
The Grownup, sendo recente, não é novo, tendo sido publicado inicialmente numa antologia de contos editada por George R. R. Martin (gente talentosa frequenta os mesmos círculos, está visto) intitulada Rogues. Ganhou o Edgar Award sob o título de What Do You Do? e foi reeditado há semanas com este novo título, nenhum deles genial, diga-se.
A história segue uma jovem mulher que desde cedo se habituou a manipular para sobreviver, incitada pela mãe como sustento de ambas. Já adulta, quando responde a um anúncio de recepcionista e percebe que é para ser prostituta num quarto dos fundos a estimular manualmente os clientes que aparecem, aceita. Mas é tão solicitada (ou o trabalho é tanto) que quando é diagnosticada com síndrome do canal cárpico, a patroa/madame lhe propõe um trabalho na actividade que serve de fachada ao negócio: a vidência.
Assim, quando os queridos da Amazon.com me avisaram que estava disponível uma short story a ser publicada em Novembro, pré-reservei e fui-me entretendo com outras coisas até chegar o dia.
The Grownup, sendo recente, não é novo, tendo sido publicado inicialmente numa antologia de contos editada por George R. R. Martin (gente talentosa frequenta os mesmos círculos, está visto) intitulada Rogues. Ganhou o Edgar Award sob o título de What Do You Do? e foi reeditado há semanas com este novo título, nenhum deles genial, diga-se.
A história segue uma jovem mulher que desde cedo se habituou a manipular para sobreviver, incitada pela mãe como sustento de ambas. Já adulta, quando responde a um anúncio de recepcionista e percebe que é para ser prostituta num quarto dos fundos a estimular manualmente os clientes que aparecem, aceita. Mas é tão solicitada (ou o trabalho é tanto) que quando é diagnosticada com síndrome do canal cárpico, a patroa/madame lhe propõe um trabalho na actividade que serve de fachada ao negócio: a vidência.
“I didn’t stop giving hand jobs because I wasn’t good at it. I stopped giving hand jobs because I was the best at it.”
Assim, vai acumulando funções, continuando a receber homens no quarto dos fundos e a atender senhoras a quem "orienta espiritualmente", servindo-se da habilidade em ler expressões faciais e aproveitando-se do desespero (e ingenuidade) alheio.
Quando Susan vem pedir ajuda, é apenas mais uma cliente, mas as coisas evoluem ao ponto da protagonista começar a acreditar que algo se passa na casa dela (e começa a preocupar-se com o seu bem-estar), incluindo a hipótese de que o enteado está possuído por um espírito maléfico. Como em todos os livros da autora, é de esperar vilania e comportamentos desviantes, o ser humano no seu melhor.
Apesar das sessenta e poucas páginas, a autora faz um excelente trabalho no desenvolvimento das personagens, mas não há tempo para explorar devidamente a história (promissora).
Apesar de ser um conto acima da média, The Grownup é curto e sabe a pouco, com um final abrupto pouco saciante. É um conto bem trabalhado e nota-se a mestria de Flynn, mas é o que é: limitado.
***
(mediano/razoável)
2 comentários:
Na prática continuou a fazer o mesmo, foi dar uma mãozinha à Susan...
Ahahah, é bem verdade! :D
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