Autor: Masaji Ishikawa
Género: Biografia
Idioma: Inglês
Páginas: 155
Editora: AmazonCrossing (Kindle)
Ano: 2018
ISBN: B06XKRKFZL
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A river in darkness: one man's escape from North Korea é uma história assombrosa contada na primeira pessoa. Alguns detalhes vão ficar na memória de quem a lê durante muito tempo.
Masaji Ishikawa nasceu no Japão nos anos 60. Filho de pai coreano e mãe japonesa, teve no pai um homem fechado e violento que se ressentia do tratamento descriminatório por parte dos japoneses, e na mãe uma mulher passiva e dócil, por vezes em demasia.
Quando surgiu a oportunidade da família se mudar para a Coreia do Norte - pintada como se fosse o "el dorado" -, o pai de Masaji como que rejuvenesceu, animado com a perspectiva de voltar à pátria como um retornado honrado e dar uma vida melhor à família...
Masaji começou a viver na Coreia do Norte ainda adolescente, com a família. Ao longo de várias décadas, e desde o início, ele e a sua família foram constantemente rebaixados, ofendidos e prejudicados por serem japoneses, por terem um pouco mais que os restantes (estamos a falar de relógios de pulso e pequenos utensílios domésticos).
O pouco que eu sei acerca da Coreia do Norte são as nada lisonjeiras notícias que passam de tempos a tempos, apesar da alegada recente "abertura" ao mundo ocidental, i.e. aos EUA. Não há muitos livros acerca da vida lá, por isso esta foi/é uma oportunidade única de ler como se vivia nas áreas rurais nas últimas décadas... e confesso que não estava preparada para a miséria profunda que pontuava a existência dos norte-coreanos.
Biografias são sempre livros difíceis de classificar; este livro está numa categoria ainda mais à parte por causa do tema e da forma como põe a nu a natureza humana em situações extremas de teste à capacidade humana de sobreviver. A coragem de Ishikawa, fortalecida pela clara noção que não tem mais a perder, é louvável e a sua história tem de ser ouvida e passada de boca em boca. Leitura obrigatória.
Masaji Ishikawa nasceu no Japão nos anos 60. Filho de pai coreano e mãe japonesa, teve no pai um homem fechado e violento que se ressentia do tratamento descriminatório por parte dos japoneses, e na mãe uma mulher passiva e dócil, por vezes em demasia.
Quando surgiu a oportunidade da família se mudar para a Coreia do Norte - pintada como se fosse o "el dorado" -, o pai de Masaji como que rejuvenesceu, animado com a perspectiva de voltar à pátria como um retornado honrado e dar uma vida melhor à família...
Masaji começou a viver na Coreia do Norte ainda adolescente, com a família. Ao longo de várias décadas, e desde o início, ele e a sua família foram constantemente rebaixados, ofendidos e prejudicados por serem japoneses, por terem um pouco mais que os restantes (estamos a falar de relógios de pulso e pequenos utensílios domésticos).
O pouco que eu sei acerca da Coreia do Norte são as nada lisonjeiras notícias que passam de tempos a tempos, apesar da alegada recente "abertura" ao mundo ocidental, i.e. aos EUA. Não há muitos livros acerca da vida lá, por isso esta foi/é uma oportunidade única de ler como se vivia nas áreas rurais nas últimas décadas... e confesso que não estava preparada para a miséria profunda que pontuava a existência dos norte-coreanos.
Biografias são sempre livros difíceis de classificar; este livro está numa categoria ainda mais à parte por causa do tema e da forma como põe a nu a natureza humana em situações extremas de teste à capacidade humana de sobreviver. A coragem de Ishikawa, fortalecida pela clara noção que não tem mais a perder, é louvável e a sua história tem de ser ouvida e passada de boca em boca. Leitura obrigatória.
“There’s a saying, “Sadness and gladness follow each other.” As I see it, people who experience equal amounts of sadness and happiness in their lives must be incredibly blessed.”
“(...) that’s always the way with totalitarian regimes. Language gets turned on its head. Serfdom is freedom. Repression is liberation. A police state is a democratic republic. And we were “the masters of our destiny.” And if we begged to differ, we were dead.”
“I even heard a rumor of one man killing his wife and eating her.”
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(bom)
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