Género: Humor
Idioma: Inglês
Páginas: 224
Editora: Random House (e-book)
Ano: 2019
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«I don’t use words like “facetious” or “effusive.” I use words like “doo-doo,” “caca,” and “punani.” Once I embraced that, these letters were an absolute pleasure to write.»Neste livro, Ali Wong escreve uma série de cartas às duas filhas, as queridas meninas do título, relatando a sua infância - é a mais nova de quatro irmãos -, adolescência "turbulenta" até às várias peripécias da idade adulta, com a entrada no mundo da comédia e do casamento.
De descendência chino-vietnamita, Ali Wong é bastante franca sobre a sua relação conflituosa com a mãe e sobre a adoração que tinha pelo pai, já falecido, assim como nos seus comentários sobre os estereótipos sobre as mulheres (como mães, comediantes e parceiras sexuais) e sobre os asiáticos; demolidora!
«I've felt an increasing amount of jealousy and resentment from certain white male comics... I hear that line a lot: 'Me, I'm just another white guy.' Here's a solution: Try being a funnier white guy.»A linguagem do livro é simples e directa, com largas incursões pelo insulto e pelo mau-gosto, mas outra coisa não seria de esperar conhecendo o estilo de humor da autora. Há zero momentos politicamente correctos e vários momentos hilariantes.
«Witnessing all of those hardworking female street vendors in Vietnam also made me understand why my mom felt so passionate about me and my sisters working. While we were in Vietnam together, she explained that the country had a history of always being in wartime, so women were expected to rise to the occasion of making money for the family. Vietnamese women were always ready to take over roles traditionally filled by men, Like A League of Their Own (but where everyone is Marla Hooch). (...)»
Gostei bastante do epílogo, escrito pelo marido de Ali, «o licenciado da Harvard Business School», que reflecte o apoio à mulher e uma confissão de como é complicado às vezes ser o alvo das piadas. É óbvio o orgulho e amor que os dois partilham um pelo outro e pelas filhas.
É altamente improvável que pegasse neste livro caso não tivesse visto os especiais de comédia no Netflix (há um segundo, intitulado 'Hard Knock Wife'), até porque não faria ideia de quem é Ali Wong. O tipo de humor dela não é o meu favorito - prefiro o sarcasmo do Anthony Jeselnik e a sátira do Ricky Gervais - mas adoro humor inteligente, e às vezes Ali acerta na mouche, apesar de resvalar para o chinelo várias vezes. Sou fã.
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(bom)
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