Autor: Simone St. James
Género: Policial, Thriller
Idioma: Inglês
Páginas: 336
Editora: Berkley (e-book)
Ano: 2020
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1982. Vivian (Viv) Delaney sonha em tornar-se actriz e viaja à boleia para Nova Iorque, mas acaba a umas dezenas de quilómetros da “Big Apple”, em Fell, onde nada acontece. Arranja emprego como recepcionista do turno da noite no Sun Down Motel. Alguns meses depois, desaparece, deixando a polícia sem pistas sobre o que lhe poderá ter acontecido.
Trinta e cinco anos depois, Carly Kirk está de luto pela morte da mãe. Decide fazer uma pausa nos estudos e viajar até Fell, onde a sua tia Vivian desapareceu há mais de três décadas, algo que sempre a intrigou e de que a mãe se recusava a falar. Consegue um emprego no mesmo motel e arrenda um quarto no apartamento onde a tia viveu. O plano é recriar os passos de Viv, passar pelos locais onde ela passou e falar com os habitantes.
O livro alterna entre duas vozes: a de Viv em 1982 e a de Carly em 2017.
Ao mesmo tempo que Carly descobre que Fell não é assim tão pacata e que três mulheres foram assassinadas num curto período de tempo antes do desaparecimento da tia, em 1982 Viv acreditava que as mortes das três mulheres estavam ligadas e relacionadas com o Sun Down Motel… depois desapareceu.
O motel que dá título ao livro, e onde Viv e Carly trabalham, é uma personagem por si só. Desatualizado e suspenso no tempo, conserva o mobiliário da altura em que foi inaugurado, quarenta anos antes. O wi-fi não funciona, os telemóveis não apanham rede. Ah, e é assombrado.
The Sun Down Motel não é assustador, apesar dos elementos paranormais e da atmosfera gótica. Está bem escrito e tem um ritmo que o torna difícil de pousar. Gostei da abundância de personagens femininas fortes e da dinâmica entre elas.
Geralmente, narrativas paralelas não são a minha cena, e aqui as personagens são algo similares, o que confunde por vezes o seguimento da história, onde me perdi um pouco sem saber se o que Viv (no passado) sabia ou não já tinha, entretanto, sido descoberto/deduzido por Carly (no presente). Não apreciei o enredo romântico e o final demasiado “arranjadinho”.
Mesmo assim, é um dos melhores thrillers que li este ano.
****
(bom)
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