Género: Biografia
Idioma: Inglês
Páginas: 288
Editora: Hachette (ebook)
Ano: 2019
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Aos 28 anos, os planos de Stephanie Land passavam por ter um curso superior e tornar-se escritora. Quando um romance de Verão resultou numa gravidez não planeada, viu-se mãe solteira sem suporte familiar. Para sobreviver, tornou-se empregada de limpeza; a dificuldade de proporcionar à filha a melhor vida possível, enquanto estudava on-line e passava 4 a 6 horas dárias a limpar casas, foi uma provação; à parte, mantinha um blog para manter o “bichinho” da escrita.
Em Maid, a autora fala da sua experiência de assalariada mal paga que depende de ajuda governamental para pagar a renda, as contas mensais e a alimentação. Fala do estigma de viver no limiar da pobreza, de pagar as compras de supermercado com cupões de alimentos e de se sentir encurralada.
Fala da classe média alta americana e de como é limpar as suas casas. Stephanie não conhece nem de vista a maioria dos clientes, não sabe o seu nome mas observa tudo com curiosidade; tenta imaginar a vida dos habitantes das casas através das suas roupas e objectos diversos, e várias vezes dá por si a pensar em como os bens materiais que tanto lhes inveja não são, afinal, garante de felicidade.
Há vários pormenores de como as limpezas às casas são feitas, como tudo é organizado, e a autora relata-nos o seu quotidiano de esfregar chãos e casas de banho até ficarem num brinquinho, e como o trabalho duro e sem benefícios resulta em espasmos musculares, noites mal dormidas e dores de costas suportadas com ibuprofeno.
Apesar de reconhecer a luta constante de Stephanie Land, e de ser inegável a sua tenacidade, tenho de admitir que não sou fã da sua forma de pensar, que levou a decisões pouco felizes – acredito que a sua fraca auto-estima e desamparo familiar não ajudaram.
Há um final feliz para a autora e para a filha, cujas circunstâncias eram extremamente difíceis - é bom ler uma história de superação.
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(bom)
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