Autor: Stephen Graham Jones
Género: Terror
Idioma: Inglês
Páginas: 320
Editora: Saga Press (Kindle)
Ano: 2020
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The only good Indians é um livro de terror original e muito bem executado. Foi premiado com o maior galardão do género em 2020, o prémio Bram Stoker para melhor livro de terror do ano. Ganhou ainda o Shirley Jackson Award e o Ray Bradbury Prize.
Lewis, Ricky, Gabe e Cass sabem que caçar na reserva é proibido e um desrespeito pelos costumes, mas fazem-no na mesma. Assim, no último dia da época de caça, estes quatro homens indígenas, pertencentes à nação Blackfeet, tomam uma decisão que os vai assombrar para sempre.
Em The only good Indians, Stephen Graham Jones traz-nos uma história sobre vingança, racismo, trauma e identidade indígena.
Altamente atmosférico, o livro nunca perde o ritmo e tem um humor peculiar. É rico em referências ao modo de vida indígena. A minha parte favorita é na última parte do livro, durante uma cerimónia índia (sauna cerimonial, ou “sweat lodge” no original) onde há o confronto final.
Stephen Graham Jones é, ele próprio, parte da nação Blackfeet e, numa entrevista online, disse que quis contestar os estereótipos da própria comunidade indígena sobre o que é ser um bom indígena («a good indian»), embora o título se refira a uma frase utilizada nos Estados Unidos durante as Guerras Indígenas (1609–1924) de que “um índio bom é um índio morto” (“the only good indian is a dead indian”).
The only good Indians é rico em vários aspectos, mas destaca-se sobretudo pela crueza do comentário social. Há várias cenas de violência explícita, cometida contra humanos e contra animais, mas o final traz-nos alguma tranquilidade depois da carnificina.
À data deste apontamento, o livro encontra-se editado em Português, no Brasil, com o título Temporada de Caça, mas não em Portugal.
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(muito bom)