domingo, dezembro 13, 2020

The Darcys of Pemberley (série The Darcys of Pemberley #1)

 

Autor: Shannon Winslow
Género: Romance

Idioma: Inglês
Páginas: 326
Editora: Heather Ridge Arts (Kindle)
 Ano: 2011

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Sou uma das incontáveis fãs de Jane Austen e da sua obra maior: Orgulho e Preconceito
 
No meio literário há várias obras derivadas da sua obra-prima, entre as quais li A independência de uma mulher, da consagrada Colleen McCullough (falecida em 2015), Morte em Pemberley, de P.D. James (adaptado pela BBC em 2013 - apontamento aqui), e Longbourn: amor e coragem, de Jo Baker. Achei os dois primeiros fracos e o último razoável - e nenhum deles especialmente memorável.

Recentemente, li esta sequela de que gostei bastante, a primeira parte de uma trilogia iniciada em 2012, inaugurando a série The Darcys of Pemberley, com o mesmo nome. 

Passaram-se uns meses desde que Elizabeth e Darcy se casaram. Vivem na enorme propriedade de Pemberley e (ainda) estão em clima de "lua de mel", atenciosos e românticos, na sua "bolha d'amor". Na mansão vive ainda Georgiana, a irmã de Darcy, que planeia fazer a sua apresentação oficial na sociedade londrina em breve.

Não é dado o mesmo tempo de antena a todos os intervenientes do romance original, compreensivelmente. O livro abre com a morte de uma das personagens secundárias, e o seu funeral permite fazer um "apanhado" das interacções entre as personagens que têm mais destaque neste romance. 

Não há espaço para todas e algumas têm apenas algumas notas ou aparições breves e espaçadas (Mary Bennet e os pais, por exemplo). Descobrimos ainda que Jane e Mr. Bingley aguardam o primeiro filho e planeiam mudar-se de Netherfield, e que o casal-maravilha Wickam está a pensar mudar-se para perto dos familiares, visto que George Wickam não é talhado para a vida militar (surpreendente? nada).

Gostei bastante da dinâmica do casal Darcy - onde o enfoque é maior, claro! -, de Lady Catherine e dos Bingley e Hurst, da linguagem e do estilo narrativo; gostei menos de George Wickam (demasiado caricaturado para mim).

Não sou uma purista de Jane Austen e as opiniões que li sobre este livro variam entre o aceitável e o muito bom, com argumentos razoáveis de ambos os lados: a linguagem e expressões (Shannon Winslow é americana), a fidelidade às características das personagens originais, a história em si. Eu acho que a autora fez um bom trabalho, fruto de seis anos de dedicação.

Se era necessária uma sequela da história? Porque não? Muitos dos fãs de Austen tendem a reler os seus livros mais do que um par de vezes, por isso há procura para sequelas, fan fiction... e os fãs procuram-nas, o que é um feito tantas décadas passadas. É o legado de Jane Austen que se mantém vivo, uma homenagem ao seu talento.

Vou ler o resto da série.

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(muito bom)

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