Género: Romance
Idioma: Inglês
Páginas: 270
Editora: Manilla Press (Kindle)
Ano: 2020
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Depois de ler The Familiars, fiquei rendida a Stacey Halls - e ao seu romance de estreia.
A elegância da escrita, a dignidade e força das protagonistas, e a voz da autora captivaram-me. A leitura de The Foundling, o único outro livro editado por Halls, seguiu-se naturalmente.
The Foundling tem como cenário a vibrante Londres de 1754, que já caminhava a passos largos para conter um milhão de habitantes. É aqui que conhecemos Bess.
Vivendo abaixo do limiar da pobreza, fraca de um parto recente e com a bebé Clara nos braços, a jovem de 17 anos encontra-se uma noite no Foundling, um hospital-orfanato onde os desamparados deixam os filhos quando não têm meios para os criar. Bess não está só nessa noite; a sala está cheia de mulheres angustiadas com a ideia de não poderem voltar a ver os pequenos que agora deixam aos cuidados de estranhos. O hospital dá a opção de as mães resgatarem os filhos se as suas condições de vida melhorarem, mas é raro isso acontecer; a vida em Londres é implacável.
Mas Bess volta, seis anos depois, com umas libras duramente poupadas, para recuperar Clara... apenas para descobrir que a criança foi levada há anos.
A vida de Bess cruza-se então com a de Alexandra, uma viúva abastada, cujo
estilo de vida confortável está a anos-luz de distância do dela, que ainda mora na mesma casa minúscula na parte mais pobre de Londres. Este impacto muda radicalmente a vida destas duas mulheres que encaram a maternidade e a condição de mulher de forma muito diferente, cuja única coisa em comum é uma menina de seis anos.
The Foundling lida com os temas da família, maternidade, lealdade e saúde mental. A narrativa é partilhada por Bess e Alexandra, duas mulheres com educações diferentes que se movem em círculos muito distintos. Bess ganha a nossa simpatia desde o início com o seu percurso triste, já a atitude fria de Alexandra repugna inicialmente e leva o seu tempo a ser percebida, acabando também por nos conquistar. A escrita cuidada e o desenvolvimento das personagens mantêm a qualidade do título de estreia. Gostei menos do fim, apressado e pouco realista para a sociedade da época.
Mais uma vez, à semelhança de The Familiars, a capa é magnífica.
Um novo livro, Mrs England, está previsto para o Verão de 2021.
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(muito bom)
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