Género: Ficção Científica
Idioma: Inglês
Páginas: 65
Editora: Wildside Press (Kindle)
Ano: 1938
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Uma novela de 65 páginas, publicada no Verão de 1938 deu, até à data, origem a três adaptações ao grande ecrã: The thing from another world (1951), The thing/Veio do outro mundo (1982) e The thing/A coisa (2011).
Não vi o primeiro, adoro o segundo (de John Carpenter), e gostei bastante do terceiro, uma prequela do filme de '82.
Antártida. Um grupo de cientistas descobre uma nave, de onde um extraterrestre congelado é resgatado. O evento é encarado como uma descoberta científica extraordinária, algo que se vai revelar ingénuo à medida que o processo de descongelamento começa. Rapidamente, a equipa descobre que “a coisa", agora à solta no acampamento, é uma forma de vida altamente desenvolvida que sobrevive matando e imitando as vítimas, mantendo a sua aparência e comportamentos originais, tornando-se assim quase impossível de detectar.
Alguns homens apercebem-se rapidamente do potencial caótico se a criatura sair do acampamento e convencem os restantes da gravidade da situação. Assim, decide-se inutilizar os aviões e veículos que permitiriam uma fuga e descobrir quem poderá ter sido infectado. O clima de desconfiança e instabilidade instala-se entre os quase quarenta homens, agravado pela urgência de agir e sobreviver, assim que se torna claro que os infectados não podem ser curados e têm de ser eliminados. Esta ideia foi a percursora do género survival horror.
Achei a ideia bastante avançada para a altura e forte o suficiente para se ter tornado a referência que é. Após a leitura de Who goes there? pesquisei um pouco e descobri que foi encontrado em 2018 um manuscrito inédito, uma versão alargada desta história, intitulada Frozen Hell, quase 50 anos após a morte de John Campbell Jr. Neste seguimento, uma nova adaptação da história começou a ser preparada em 2020 com base no manuscrito inédito, devendo o filme ser lançado pela Universal Pictures nos próximos anos.
Talvez por isso a adaptação de Carpenter divirja tanto da novela original. Em Who goes there? as personagens são pouco desenvolvidas (menos de metade são nomeadas) e o “grosso” do livro é diálogo, sendo o restante a explicação biológica do extraterrestre e os testes pensados pelos protagonistas para a conseguir detectar entre os humanos. O filme de 1982 adaptou a novela e melhorou-a, rendendo hora e meia de filme.
Who goes there? mantém-se como uma das histórias de ficção científica mais influentes e memoráveis de sempre. Talvez leia a versão alargada encontrada em 2018.
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(bom)
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