Género: Thriller, Policial
Idioma: Inglês
Páginas: 416
Editora: Ballantine Books (ebook)
Ano: 1992 (ed. original)
---
Anos 90. A empresa japonesa Nakamoto decide inaugurar a sua sede norte-americana em Los Angeles com uma festa de arromba. Várias personalidades VIP estão convidadas, entre celebridades do showbiz e políticos. Os jornalistas estão a postos.
Mas algo vem ensombrar a grande noite: uma jovem mulher é morta, o corpo sem vida deixado numa sala rodeada de câmaras de vigilância.
Pelo meio, as personagens tecem várias considerações e comentários sobre a cultura japonesa e o seu modelo empresarial, que valeram ao autor, Michael Crichton, várias críticas e acusação de racismo na altura. A ideia de que o Japão estaria a "comprar" os Estados Unidos não foi profética. Crichton sempre defendeu que a sua crítica era dirigida às forças económicas do seu próprio país, mas as críticas não cessaram, o que talvez explique as várias alterações feitas à história aquando da adaptação do livro ao cinema. Com o falecido Sean Connery e Wesley Snipes como protagonistas, o filme, bastante mais fraco do que o livro, foi um sucesso de bilheteira.
Gosto muito dos livros de Crichton. Rising Sun seguiu-se ao excelente Jurassic Park, e ficou aquém, mas é um bom livro, com uma ideia-base original e bem pensada. Não creio que seja racista mas compreendo que é fácil de ser interpretado como tal. Algumas noções não foram novidade para mim pois já tinha lido o excelente Temor e Tremor há uns anos - o livro narra a experiência de trabalho de uma jovem ocidental numa empresa japonesa.
É um policial que funciona bastante bem, assente numa tensão constante entre os vários participantes, principais e secundários, contrapondo as diferentes posturas do ocidente e do oriente. Tem algumas ideias pouco exploradas nos livros (a asfixia erótica, a marginalização de pessoas deficientes no Japão, o modelo empresarial nipónico), o que só por si enriquece a história.
Algo datado mas uma boa leitura.
****
(bom)
Sem comentários:
Enviar um comentário