Autor: Ayaan Hirsi Ali
Género: Religião, Não Ficção
Idioma: Inglês
Páginas: 288
Editora: Harper (ebook)
Ano: 2015
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Para Hirsi Ali, a violência é inerente ao Islão porque o Islão não é uma religião pacífica; isso não significa que a crença islâmica torne os muçulmanos naturalmente violentos. O que acontece é que a incitação à violência justificada contra os infiéis (todos os que não são muçulmanos) é explicitamente declarada nos textos sagrados do Islão, e todas as ofensas que são elencadas (apostasia, adultério, blasfémia, ameaças à honra da família e ao próprio Islão) podem e devem ser defendidas por todos os muçulmanos. Uma pesquisa por vários jornais nos últimos anos demonstram como os actos de “defesa da honra e do bom nome e imagem do Islão” têm estado na base de inúmeros actos terroristas em França, na Alemanha, nos Países Baixos, na Bélgica...
Devemos ter em mente que o quadro negro que a
autora nos pinta do Islão vem inteiramente da sua experiência pessoal e não de
um desejo de polémica. Há um esforço visível em
analisar cruamente a religião muçulmana, evitando o "politicamente
correcto".
Conteúdo islamofóbico? Não. Algumas coisas precisam de ser analisadas, criticadas e submetidas a mudanças e reformas. Por que há-de o Islão de ser diferente e/ou ter um estatuto especial?
Este é um livro corajoso. Hirsi Ali livro menciona outros "companheiros de luta", vários activistas muçulmanos dispostos a discutir uma reforma do Islão. As suas vozes pretendem ecoar as de milhões que viverão na opressão e no medo. A própria autora vive com ameaças de morte desde que, em 2004, escreveu o guião da curta-metragem de Submission, realizado por Theo van Gogh, que foi assassinado por um fundamentalista islâmico pouco tempo depois da difusão daquela num canal de televisão. Desde então, qualquer difusão está proibida, embora a curta esteja disponível na internet.
Até à data, o livro não foi editado em Portugal.
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(bom)
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